Diogo Bandarro Nogueira, com 737 votos, tornou-se o vereador mais votado de Ibirubá em sua primeira disputa eleitoral. Conhecido por sua postura serena, Diogo compartilhou detalhes de sua trajetória de vida, que foi fundamental para moldar o profissional que é hoje.
Nascido em 1981, Diogo passou a infância no interior, na propriedade de sua família, no Pinheirinho, interior de Ibirubá. Ele descreveu esse período como uma das fases mais felizes da sua vida, onde teve uma infância típica do interior, repleta de brincadeiras ao ar livre, no campo. Em 1987, mudou-se para a cidade para continuar os estudos, concluindo o ensino fundamental na Escola Santa Terezinha em 1995. Durante os anos seguintes, Diogo estudou no Colégio Edmundo Roewer e, posteriormente, no Sinodal, onde reforçou sua preparação para o vestibular. Desde cedo desenvolveu um grande interesse pela leitura, incentivado por sua mãe, que comprava livros e enciclopédias, para garantir que ele tivesse material de estudo. Essa paixão pelos livros o levou ao Direito, inspirado pela ideia de que quem lê bastante tem uma forte afinidade com essa área. Após uma tentativa frustrada de ingressar na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) para estudar Direito, Diogo acabou por ser aprovado na Unicruz em 2000. Durante o curso, teve contato com diversas áreas do Direito, mas foi ao assistir sua primeira defesa em um tribunal de júri que sentiu o chamado para o Direito Penal. Concluiu o curso em 2004, e, após duas tentativas, passou no exame da OAB em 2005. Iniciou sua carreira de advogado com foco no Direito Penal, uma área que o fascinava, mas que, ao mesmo tempo, o desafiava emocionalmente. Diogo admitiu que o começo da carreira foi difícil, especialmente com a dificuldade em ganhar a confiança da clientela. Com o tempo, porém, ele construiu uma reputação sólida e tornou-se um dos poucos advogados dedicados exclusivamente ao Direito Penal em Ibirubá. Seu trabalho o levou a atuar em casos complexos, muitas vezes defendendo pessoas em situações difíceis. Ele destacou que, em muitas ocasiões, sua atuação era uma forma de ajudar não apenas o acusado, mas também suas famílias, que frequentemente estavam em situações de vulnerabilidade.
Além de sua atuação jurídica, Diogo sempre foi um entusiasta do futebol, sendo um torcedor apaixonado pelo Internacional. Diogo também destacou seu trabalho na tesouraria da subseção da OAB de Ibirubá entre 2013 e 2015, onde contribuiu para uma gestão financeira sólida, deixando um saldo positivo para a gestão seguinte. Esse trabalho lhe rendeu reconhecimento entre os advogados da região.
Além disso, ele se envolveu com o Centro Espírita da cidade, onde buscou suporte emocional após a perda de sua mãe. Lá, encontrou uma nova perspectiva sobre seu trabalho como advogado, percebendo que sua profissão poderia ser uma oportunidade de ajudar outras pessoas.A entrada de Diogo na política surgiu de maneira natural. Ao longo dos anos, amigos e conhecidos começaram a sugerir que ele considerasse uma carreira política, elogiando sua postura equilibrada e sua capacidade de articulação. Em 2024, foi convidado pelo Partido Liberal (PL) para se candidatar a vereador. Durante a campanha, ele contou com o apoio de amigos e de sua família, especialmente o de seu pai, cujo nome teve grande peso na conquista de votos. Diogo mencionou três grandes grupos que contribuíram para sua votação: os clientes e suas famílias, amigos e conhecidos de seu pai, e pessoas exigentes que valorizam sua competência como advogado. Ele relatou que muitas das famílias que ele ajudou ao longo dos anos, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade, retribuíram sua dedicação com votos. Diogo vê seu papel como vereador com muita seriedade, e sua experiência como advogado, especialmente no Direito Penal, será um trunfo no exercício da nova função. Ele acredita que sua formação jurídica vai ajudá-lo na elaboração de leis claras e eficazes, assim como na fiscalização do poder público. Sobre assumir a presidência da Câmara de Vereadores, e ser o primeiro filho de um ex-presidente (Érico Pimentel Nogueira) a alcançar a principal cadeira do legislativo, Diogo falou que no primeiro ano não vai colocar seu nome a disposição para concorrer, e que o cargo deverá ser preenchido por Eduardo Artmann, seu companheiro de partido. A justificativa é que ele não pode deixar os processos de lado, e parar de advogar em 2025, exigência para ser presidente.