
Projeto da Secretaria de Assistência Social amplia escuta ativa, aproxima lideranças comunitárias e inicia nova fase de atuação nas localidades
Com o objetivo de aproximar o poder público das comunidades e promover uma escuta ativa e direta das demandas sociais, a Prefeitura de Ibirubá, por meio da Secretaria de Trabalho, Assistência Social e Habitação, deu início ao projeto “Assistência nos Bairros”. A ação, que começou na segunda-feira (19), pretende percorrer todas as localidades urbanas do município, promovendo atendimento, orientação e levantamento de necessidades diretamente com a população beneficiária.
A secretária Lia Timann detalhou o funcionamento da iniciativa durante entrevista. “A ideia é sair dos muros da assistência e ir até as pessoas. Muita gente ainda não procura o CRAS ou a secretaria por vergonha ou desconhecimento. Por isso, agora nós vamos até elas, com equipe técnica, material informativo, escuta qualificada e acolhimento”, explicou.
O projeto está alinhado com o Agosto Lilás, campanha de combate à violência contra a mulher, e visa também realizar uma busca ativa com foco específico nas mulheres que recebem o Bolsa Família. Um questionário opcional será aplicado para entender a realidade da violência doméstica no município. “As mulheres vão poder responder se já sofreram algum tipo de violência, se conhecem os canais de denúncia e se desejam relatar suas experiências. Esses dados nos ajudam a planejar políticas públicas mais eficazes”, destacou Lia.
A estrutura do projeto inclui o deslocamento de um micro-ônibus, gazebo, cadeiras, técnicos e materiais para cada ponto de atendimento. Os encontros ocorrem à tarde, das 14h às 17h, em cronograma previamente definido. A primeira visita foi no bairro Hermany e segue para Planalto, Floresta, Jardim, Odila, Progresso, Chácara, Unida e Centro, com encerramento previsto para o dia 30 de agosto.
A mobilização conta com o apoio de lideranças comunitárias. “Queremos que os presidentes das associações nos ajudem a chamar a população. Muitos ainda não têm nem grupo de WhatsApp no bairro, e isso já é um passo para fortalecer a comunicação e o senso de comunidade”, pontuou Lia.
A secretária também destacou a importância do trabalho intersetorial, agradecendo o apoio das secretarias de Saúde, Obras e da Coordenadoria da Mulher. “Nada disso funciona se cada secretaria trabalhar isoladamente. A assistência precisa estar conectada com a saúde, com a educação, com a habitação. Só assim conseguimos dar respostas rápidas e eficientes para quem mais precisa”, afirmou.
Finalizando a entrevista, a secretária fez um apelo à comunidade para que valorize e participe das ações públicas: “A política de assistência social é política de Estado. Ela precisa ser contínua, independente de governo. E só funciona com a colaboração da população. Precisamos ouvir críticas, sugestões e, principalmente, ver a comunidade envolvida nas soluções”.