05 de agosto, 2024 15h08m Báu do Esporte por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

O espírito de equipe e as memórias esportivas do professor Erni Lagemann

Do Craquito à Escolinha, uma jornada de dedicação ao futebol amador

Erni Lagemann é um nome conhecido no meio esportivo local, especialmente entre aqueles que participaram dos tradicionais torneios e das escolinhas de futebol que marcaram gerações. Em sua participação no Baú do Esporte, Lagemann compartilhou histórias emocionantes sobre seu envolvimento com o esporte e a influência que teve na vida de muitos jovens.

Enquanto buscava as fotos que ajudavam a recordar alguns momentos importantes,  Erni relatava o seguinte: "Lembro durante os anos da faculdade, participamos do Craquito, um torneio que era muito organizado," relembra Lagemann, com os olhos brilhando ao falar dos "fraldinhas", uma das categorias mais jovens com as quais ele trabalhou.
Ele destaca a organização impecável de sua equipe, que já demonstrava um espírito de equipe admirável. "A organização era tão grande que até os meninos das categorias de Mirim e Pré-Mirim vinham assistir aos 'Amarelinhos," conta Erni, referindo-se com carinho ao time de crianças que comandava. Em uma semifinal memorável, perderam com um gol inesperado, um balão que passou pelo goleiro Maico do Prado. Lagemann se emociona ao falar das crianças e das famílias que se reuniam em torno dos jogos. "Era muito gratificante porque as crianças estavam lá com os pais, a família toda reunida. Tenho mágoa de não ter conseguido fazer isso com meus próprios filhos, mas a escolinha foi gratificante porque muitos daqueles meninos continuam jogando bola e nenhum foi pelo mau caminho."
A Escolinha de Futebol foi mais do que um campo de treinamento; foi um lugar de formação de caráter. "Quantos desses meninos jogam até hoje? Muitos foram fazer testes no Juventude. A Geração 2000 veio depois, mas primeiro veio a minha" relata Lagemann, mencionando os nomes de vários jogadores que passaram por suas mãos, como Catatau, Márcio, Maninho e Jonas do Garrincha.
Além dos jogos, Lagemann enfatiza a importância da disciplina e da alegria no esporte. "Futebol é alegria. A criança tem que ir embora feliz, pelo menos fazendo um gol de pênalti," diz ele, com um sorriso. "Todos jogavam, os bons e os ruins. Sempre primei por isso."
A influência de Lagemann não se restringiu apenas ao campo de futebol. Ele conta uma história comovente sobre um ex-jogador, Cristiano, que anos depois o reconheceu e lhe ofereceu uma carona em um caminhão. "São amizades que não passam, seguem para o resto da vida," comenta, emocionado.
Ao longo da entrevista, diversas mensagens de antigos jogadores e amigos chegaram, parabenizando Lagemann por seu impacto. "Grande Erni, comandou uma das melhores equipes do Águia Branca," escreveu um ex-dirigente. Eraldo Lopes, outro ex-jogador, também mandou um abraço, relembrando os tempos em que moraram na Linha Duas.
Para Lagemann, a escolinha foi mais do que um projeto esportivo; foi uma missão de vida. Após a passagem pelo Águia Branca, onde ficou vice-campeão, Erni teve passagens por outros clubes. Um em especial ele recorda com nostalgia. O Vila Nova, montado pelo Joãozinho Trindade, foi uma equipe humilde e que utilizava o Módulo Esportivo do Instituto Federal para mandar os jogos. Um em especial ficou marcado para Erni, quando após o jogo foi agredido dentro do vestiário, mesmo com o time vencendo dentro de campo. ''Foi um mal entendido, coisa do passado'', diz Erni. A entrevista completa está na página do Facebook da Rádio Cidade Ibirubá 104.9 FM.

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