02 de maio, 2023 09h05m Jornal O Alto Jacuí por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

Lideranças falam sobre a importância do jornal O Alto Jacuí para o registro histórico de Ibirubá

Existem leitores fiéis que acompanham a história desde quando Justo escrevia no Diário Serrano de Cruz Alta

Orlando Kanitz se emocionou ao ver suas ações estampadas em muitas edições do OAJ
Orlando Kanitz se emocionou ao ver suas ações estampadas em muitas edições do OAJ

Professor e líder comunitário com uma extensa folha de serviços prestados para a comunidade. Rudi Schweig relembra passagens marcantes das 2500 edições do jornal

O Alto Jacuí, o jornal mais antigo em circulação na cidade de Ibirubá, está há 48 anos circulando como o jornal da comunidade. Desde a sua fundação, o periódico se destacou por registrar os acontecimentos históricos locais. Mas essa história começa bem antes, quando ainda na década de 1950, o seu fundador Justino Guimarães Neto já publicava um encarte de notícias de Ibirubá com o mesmo nome dentro do Diário Serrano de Cruz Alta.  Nesta reportagem vamos compartilhar a opinião de alguns personagens que são lideranças e acompanharam toda essa jornada e trazem boas lembranças sobre o jornal e o papel dele no desenvolvimento de Ibirubá. 

Rudi Schweig

O professor Rudi Schweig, amigo do fundador do jornal Justino Guimarães Neto, compartilhou algumas histórias sobre a importância do jornal para a comunidade ibirubense. Uma das histórias que marcaram o professor foi o assalto à secretaria do Colégio General Osório, em que era diretor, na década de 1980. Segundo Rudi,  Guimarães foi o primeiro a chegar para documentar o ocorrido e tirou uma foto engraçada com o diretor do ginásio em meio à bagunça. “ Lembro  que de imediato liguei para a polícia, e o primeiro que apareceu foi o Seu Justino Guimarães, porque ele era aquele que documentava todos os fatos que aconteciam em nossa comunidade”, recorda Schweig.
Além disso, o professor ressalta a importância da competência e qualidade da equipe do jornal na continuidade de informar a população de Ibirubá. “A construção do jornal se dá muito em cima de pesquisas, em cima de dados que são levantados e que às vezes, por exemplo, em uma eleição, eles acabam retratando antes aquilo que sai nas urnas, quem é o possível ganhador”, explica.
Para Schweig, mesmo com o avanço da tecnologia, o prazer de pegar um jornal físico ainda é insubstituível. “Eu sou daqueles leitores que precisam de mais tempo. O digital para mim é importante, sim, eu leio muitas coisas dentro do celular, mas o prazer de pegar um jornal que eu posso ler e reler e ter uma visão agradável de alguma coisa que aconteceu, é único”, afirma o professor. 
Outra questão abordada com Rudi Schweig foi a influência política do jornal O Alto Jacuí nas disputadíssimas eleições municipais. Um dos personagens centrais das publicações em anos eleitorais eram sem dúvidas as pesquisas eleitorais.  OAJ ficou conhecido por sempre acertar o resultado com números próximos aos do final da apuração. “Em todas as eleições sempre dava um burburinho por causa das pesquisas. Na última, eu me lembro que saiu até uma edição especial porque nós tínhamos a nossa pesquisa, e ela não batia exatamente com o resultado, fizemos a conversa e foi impresso uma edição especial para a nova pesquisa”, recorda Rudi Schweig.

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Orlando Kanitz

 ex-prefeito de Ibirubá Orlando Kanitz se emocionou ao ver o arquivo de 1984 do jornal, onde foram registradas as obras que ele trouxe para a região durante sua gestão. Kanitz lembrou que em 1975 era vereador e ajudou a trazer o jornal para a cidade. O jornal é considerado um legado deixado por Justino Guimarães Neto. No ano de 1975, o jornalismo era feito de forma diferente. Não havia redes sociais ou internet, e o meio de comunicação mais eficiente eram os jornais impressos. Na cidade de Ibirubá, a situação não era diferente. “Foi nessa época que fomos convidados pelo Diário Serrano de Cruz Alta onde discutimos o início da cirulação do jornal em Ibirubá, não mais como um encarte, mas como um jornal ibirubense e regional‘‘, conta. ‘‘Não hesitamos em colaborar e  foi aí que o jornal ganhou seu espaço e é até hoje referência”, lembra o ex-prefeito enquanto folheia as páginas do amarelado jornal que registrou grandes momentos de sua caminhada como liderança e como político. Além de entender a importância do jornal, Kanitz cultivava uma amizade com a família Guimarães Neto, proprietária do jornal. “Seu Justino sempre apoiou o nosso trabalho e quando me elegi prefeito em 1982, convidei o Plínio Machado para ser o assessor de imprensa da prefeitura. Na época, o jornal Alto Jacuí era a única forma de imprensa escrita em Ibirubá e sempre apoiava as ações da prefeitura” lembra.


Segundo Kanitz, o jornal não se limitava a ser apenas um meio de comunicação, mas também um registro oficial  da cidade. Com suas páginas amareladas, é possível relembrar fatos e acontecimentos que marcaram a história de Ibirubá. Um dos episódios vistos em edições de 1984 foi a a reconstrução da casa da família Rambo após um incêndio, e também as viagens do prefeito a Brasília para conseguir recursos para o município. “ Nós tivemos muitas coisas, tivemos grandes conquistas, e poder rever elas hoje nas páginas destas edições do O Alto Jacuí é uma experiência muito boa”, diz emocionado.


Hoje, o Jornal O Alto Jacuí é um patrimônio cultural do município. Por um legado de muito trabalho e dedicação de seu fundador e e da família Guimarães Neto, que continuou à frente do veículo de comunicação após a morte de seu Justino. Que venham outras 2500 edições contando a história de Ibirubá.

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