Por: Jocelito André Salvador, Founder e CEO da Conducere Inteligência Corporativa. Mentor e assessor de Smart Business. Professor universitário, com ênfase em controladoria, educação corporativa, gestão do conhecimento e inovação. Coautor do livro Inovação e Cidades Inteligentes: desafios e oportunidades para as cidades do século XXI.
Participação especial: Drª. Giovana Goretti Feijó de Almeida, pós-doutoranda em cidade digital estratégica pela PUCPR, doutora em desenvolvimento regional e especialista em branding e place branding. E-mail: goretti.giovana@gmail.com
Iniciamos aqui uma série de postagens, que procuram trazer à tona três assuntos, que vamos aprofundar gradativamente: inovação, empresas e cidades inteligentes.
De uma forma ou de outra, estes três assuntos estão ou vão logo estar na sua mente e nos seus planos estratégicos. Sejam estes de ordem pessoal ou profissional.
Para auxiliar no aprofundamento destes assuntos, convidamos para estar com a gente nesta série de postagens a Profa. Dra. Giovana Goretti Feijó de Almeida.
A Dra. Giovana, inclusive, foi uma das organizadoras da obra Inovação e Cidades Inteligentes: desafios e oportunidades para as cidades do século XXI. Obra da qual a Valeska Schwanke Fontana Salvador e eu participamos, juntamente com autores de outras partes do Brasil, assim como Argentina e Portugal.
Pois bem, vamos começar a falar sobre o que são as ditas cidades inteligentes.
Perguntamos à Dra. Giovana: qual é a sua visão de uma cidade inteligente?
[Dra.. Giovana]: A cidade inteligente vai além da mera aplicação de recursos tecnológicos no contexto urbano ou da proposta de soluções sustentáveis ambientalmente. A cidade inteligente do futuro envolve tecnologia, sustentabilidade, mas também criatividade e a articulação estratégica de todos esses fatores entre si e com o meio urbano. É muito mais complexo e há muitas críticas quanto ao uso do adjetivo inteligente nesse contexto.
As cidades contemporâneas já são complexas por natureza e vir a se tornar uma cidade inteligente nessa situação é ser uma cidade inteligentemente sustentável, criativa e estratégica no uso dos recursos de que dispõe. Muitas vezes, as cidades não têm recursos financeiros para implantar alta tecnologia, mas possuem criatividade para propor mudanças positivas com os recursos que já possui.
Nesse sentido, não se fala em cidades inteligentes, mas em cidades inteligentemente sustentáveis e criativas que conseguem se articular estrategicamente local e em múltiplas escalas. Além disso, fala-se em outros tipos de cidades, como as digitais e as cidades digitais estratégicas. Todas possuem conceitos e metodologias diferentes em suas implantações.
Vejam que relevantes considerações estão aqui tratadas. Vale considerar, em especial, que mesmo que a cidade (o município) não tenha grandes recursos para aplicar em tecnologias de ponta, vale muito investir na articulação local e regional para desenvolver as criatividade das pessoas. Isto para que tais cidades tornem-se inteligentemente sustentáveis e criativas.
Inclusive, numa cidade que pode ser assim considerada há características muito claras, dentre elas:
- Incentivo à inovação, especialmente para as empresas que já estão lá instaladas.
- Incentivo ao empreendedorismo seja dos jovens, seja das pessoas mais maduras, as quais desejam mudar de carreira ou desejam investir em outra área de negócio.
- Foco no desenvolvimento empresas inteligentes. Assunto este que vamos tratar com mais ênfase na próxima edição.
Aliás, o mais importante aqui é saber que estas soluções são para a sua cidade (o seu município). Especialmente quando falamos na rica região do Alto Jacuí.
Até a próxima!