A pauta principal da semana foi a proteção contra fraudes e golpes financeiros, com foco no uso do PIX. Cleiton e Ana explicaram as estratégias de prevenção e como o Sicredi está atuando para educar e proteger seus associados.
Cleiton destacou que o objetivo do Sicredi durante essa semana especial é reforçar a importância da educação financeira como uma ferramenta de proteção. "Nosso propósito é trazer mais informações para que as pessoas estejam não só educadas, mas também protegidas contra perdas financeiras, que podem ser muito significativas", disse o gerente. Ele lembrou que o Banco Central definiu a proteção financeira como o tema central da ENEF deste ano, visando conscientizar a população sobre como evitar golpes e fraudes.
Ana complementou explicando a diferença entre fraudes e golpes, destacando que a fraude ocorre sem o conhecimento da vítima, enquanto o golpe envolve a participação ativa da pessoa enganada. "No golpe, a vítima dá o consentimento, muitas vezes manipulada emocionalmente, o que torna esse tipo de crime mais comum", afirmou Ana. Ela ressaltou que golpes como a falsa venda, pedidos de dinheiro via WhatsApp e falsas centrais de atendimento são cada vez mais frequentes.
A dupla também falou sobre como os golpistas conseguem acessar informações pessoais, mesmo com a existência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). "Há um tráfico de dados no mercado negro, onde informações como CPF, telefone e até nome dos pais são vendidos", alertou Cleiton. Ele mencionou que o compartilhamento de dados em compras online e em sites inseguros facilita o acesso dos criminosos, que utilizam esses dados para criar golpes convincentes.
Ana chamou atenção para a importância de falar sobre o assunto abertamente. “Muitas vezes, as vítimas sentem vergonha de admitir que caíram em um golpe, mas é fundamental discutir isso para que mais pessoas saibam como se proteger”, disse ela. Segundo Ana, os idosos são os mais vulneráveis, já que, por não estarem familiarizados com as tecnologias, têm mais dificuldade de identificar armadilhas digitais.
Cleiton reforçou a importância de agir rapidamente quando um golpe acontece. No Sicredi, há uma central de atendimento disponível 24 horas, que pode bloquear cartões e realizar procedimentos de segurança, mas ele admite que recuperar o valor perdido em golpes com o PIX é difícil. "O sistema PIX é rápido, e muitas vezes os golpistas dispersam o dinheiro para várias contas antes que possamos rastrear", explicou Cleiton.
Ana destacou algumas medidas preventivas, como o uso de senhas fortes e diferentes para cada plataforma, além de evitar anotações digitais que possam ser acessadas em caso de roubo do celular. "Para compras online, é importante gerar um cartão virtual, que muda o código de segurança a cada transação, minimizando os riscos caso o site seja fraudulento", recomendou.
Cleiton trouxe dados alarmantes: nos últimos 12 meses, 7,2 milhões de brasileiros caíram em golpes ou fraudes financeiras. Ele ressaltou que o Sicredi tem trabalhado para fornecer informações que ajudem a reduzir esse número. "Quanto mais pessoas souberem como se proteger, menor será o impacto dos golpistas", concluiu. Ana reforçou a importância de compartilhar o conhecimento adquirido durante a Semana Nacional da Educação Financeira, incentivando as pessoas a falarem sobre o tema com amigos e familiares para ampliar a conscientização.