24 de maio, 2021 12h05m Esportes

Baú do Esporte relembra a história de Cristiano Spengler e seus 28 títulos na bagagem

Cristiano Rodrigo Spengler relembra sua trajetória como atacante

As amizades, momentos, jogos e gols são inesquecíveis na  história de quem teve a bola como principal companheira por muitos anos. Aos 45 anos, Cristiano Rodrigo Spengler, atacante que jogou por diversos times de Ibirubá e região, relembra a sua caminhada no Baú do Esporte. A paixão iniciou nas categorias de base da ASIF, logo após no Bairro São Jacob, Planalto e foi no Bangu que Cristiano sentiu o fanatismo em ser torcedor, “ Aprendi a ser Bangu, tínhamos amizades muito fortes, crianças que jogavam no campinho. Foi nesse momento que tudo começou”. Cristiano jogou como zagueiro, mas aos 18 anos fraturou o pé, época em que ganhou peso e chegou a pensar que nunca mais iria jogar. Ele relembra que com o apoio do irmão focou em ser centroavante. Emagreceu, começou a jogar futebol sete, salão, a ter mais velocidade e empenho. Foi em uma partida que Cristiano disse ao técnico que não jogaria em outra posição se não fosse como centroavante. O técnico o dispensou, “Então se é assim você fica de fora”, lembra de ter ouvido. Ao sair de campo, o jovem sonhador ficou na rede assistindo e o treinador do time adversário o questionou porque ele não estava em campo. "Eu disse que não tinha vaga no ataque do meu time, e logo ele falou que no dele tinha. Ganhamos de 2 a 0, fiz dois gols”, lembra. Nesse mesmo jogo, Cristiano estava sendo observado na arquibancada por um técnico de um time de Tapera, que disse “Quero que você vá jogar no meu time no municipal”. Ele perguntou: “Tem certeza que sou eu?”, e a resposta “Sim, é você, quanto você cobra para jogar”? Logo após esse diálogo, Cristiano, aos 18 anos, foi consagrado goleador pelo Vasco de Tapera. Ele também relembra que em Ibirubá o comentário era do seu bom desempenho na cidade vizinha. Cristiano soma 28 títulos de municipais entre campo e futsal. Entre os jogos mais marcantes é quando o São José perdeu o título para o Juventude do Triunfo, após a anulação do seu gol aos 38 minutos. 

Em 1997, Cristiano voltou ao Bangu, nesta fase já trazia na bagagem a fama de goleador pelo São José, campeão municipal em Quinze de Novembro e duas vezes campeão com o Florestal, “Duas vezes fomos campeões. Mas é aquela vitória com gostinho de banco. Não é o mesmo sabor de jogar 90 minutos”, destacou. Em 1998, Cristiano voltou ao São José e conquistou o campeonato jogando a final contra o Bangu, onde a vitória veio pelo placar de 2 a 0. ”Quando vestia a camisa de um time era 100%, dava o meu máximo, jogava, sorria”, destacou. Cristiano também jogou por sete anos no time amador do Grêmio Esportivo Ibirubá e cinco anos no Juventude. Entre suas melhores lembranças, está ser por cinco vezes campeão no Florestal, onde jogou de 1998 a 2004 e também no São José, “Quando fomos campeões pelo São José, foi a primeira vez que levei minha mãe ao estádio. Cinco dias depois ela faleceu. Mas conseguiu ir e comemorar”, relembra. Para Cristiano, entre os melhores técnicos que já trabalhou ao longo da caminhada está Garrincha, segundo ele, é um técnico que tem estrela, o necessário para o futebol. “Teve um jogo que ele me deixou no banco porque eu estava no auge, só para me deixar bravo, fiquei. Aos 3 minutos ele me colocou para jogar, para que colocasse toda aquela brabeza em quadra”, lembra Cristiano, que se emocionou ao receber comentários dos companheiros de caminhada e lembrar dos momentos marcantes no esporte.  

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 Da Redação Integrada Rádio Cidade e Jornal O Alto Jacuí

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