Aliado do presidente Jair Bolsonaro, político gaúcho trabalha na pré-candidatura a governador
Onyx Lorenzoni (PL) foi o responsável por organizar o plano de governo do presidente Jair Bolsonaro, carrega na bagagem o aprendizado em ser um dos braços direitos do presidente em seu mandato.
Pré-candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo Partido Liberal, Ônix foi entrevistado pela Rádio Cidade e Jornal O Alto Jacuí nesta semana, onde avaliou o seu trabalho nos últimos anos e as intenções para o Estado.
Amigo da família ibirubense Kanitz, Onyx ganha espaço e protagonismo na corrida política. Foi Ministro de Transição, atuou na Casa Civil, trabalhou na reforma da previdência, na Lei de Liberdade Econômica e no Programa de Parcerias de Investimentos.
Com a Pandemia, assumiu o Ministério da Cidadania, onde intermediou o Auxílio Brasil. Atuou na Secretaria Geral da República, que cuida de todos os atos que o presidente assina. Também atuou no Ministério da Previdência, um dos maiores ministérios.
Onyx foi um dos responsáveis por viabilizar o fim da prova de vida dos pensionistas do INSS. Por último, o pré-candidato foi ministro na Secretaria do Trabalho.
Um dos adversários de Onyx ao governo do Estado é o senador Luis Carlos Heinze, também aliado ao presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Onyx, ao longo de 2021 foi dialogado com o Progressistas a possibilidade de uma só candidatura, mas foi escolhido por candidatura própria.
“Eu digo com muita humildade que não fico olhando para o lado. Tenho que olhar para frente e olhar para a frente é olhar para os gaúchos, para as aspirações das nossas regiões”, destacou.
O pré-candidato trabalha em um plano de governo e percorre o Estado com o projeto “Ouvindo Rio Grande”.
Ao lado de Bolsonaro em diversos momentos, Onyx reforça que o mandato do presidente resgatou o patriotismo e que isso pode ser percebido nas visitas que eles realizam ao longo das cidades.
“Nós fomos ao lado dele capazes de recuperar o amor pelo Brasil, os brasileiros voltaram a acreditar no seu país, a querer ficar aqui e a olhar para o Brasil com respeito. Isso me dá a certeza que defendemos certo, que vamos para a luta com um governo voltado para as pessoas e acredito que podemos fazer isso no Rio Grande do Sul”, afirmou.
Em relação à renúncia do ex-governador Eduardo Leite, Onyx observa como uma atuação grave.
Na visão dele, Leite renunciou duas vezes ao cargo, quando abriu mão para concorrer a uma candidatura à presidente da República e quando negou a negociação da dívida do Rio Grande do Sul com a União. Onyx lembra que em 2007 o então governador da época, José Ivo Sartori (MDB), obteve uma liminar que poupou o estado a transferir R$14 bilhões para a União.
“Hoje temos uma ação na OAB que discute a dívida do RS, contratamos 9 milhões, pagamos 30 milhões e devemos 70 milhões? Algo está errado. Se o Estado não discute mais a dívida é por uma decisão do govenardor”, analisou.
Outra decisão que no ponto de vista de Onyx não é a melhor para o Estado, é a adesão ao regime de recuperação fiscal, aceito pelo governo em janeiro.
Segundo ele, o regime vai limitar o orçamento dos sete próximos governadores. “O Rio Grande do Sul escolheu as piores condicionantes para aderir ao regime, os próximos governadores ficarão de mãos amarradas, não poderão transferir recursos nem contratar mais rservidores”, observou.
Um estudo que Onyx carrega consigo e faz questão de evidenciar mostra que a dívida do Rio Grande do Sul pode chegar a 171 bilhões de reais, se não for mais discutida.
No entanto, ele acredita que é necessário coragem e empenho para reverter esse cenário, se caso for eleito.
“Temos que modificar completamente a forma como se conduz a gestão, tem que trazer inovação, ousadia. Da mesma forma que foi falado que não íamos consertar o plano nacional do Brasil, vamos tentar pelo Rio Grande do Sul”, enfatizou.
Em relação às últimas pautas que movimentaram o meio político gaúcho, como a proibição de rodeios, Onyx se declara 100% a favor dos eventos.
Veterinário por formação, ele destaca que as atividades envolvem uma série de regras e cuidados com os animais. Outro ponto debatido pelo pré-candidato é a participação da iniciativa privada em obras, na visão de Onyx é essencial essas parcerias para ajudar o Estado, no entanto é necessário observar todas as alternativas possíveis.
“Fui coordenador do PPI e trouxemos mais de R$400 milhões de investimentos privados, o Brasil vai ser um canteiro de obras em 2023 e 2024, esses programas como de geração de energia, transmissão, rodovias, são de longa duração e processos mais complexos. Por isso a importância de entrar com tudo isso rodando no próximo governo”, afirmou.
Entre as ideias para o Rio Grande do Sul, Onyx destaca o exemplo de secretarias regionais, que foi implementado em Santa Catarina.