A neurocientista e doutora em neurociência pela UFRGS Tatiana Luft é ibirubense, mas o mundo é sua casa. Apaixonada por viagens, divide seu tempo como professora de uma das universidades mais importantes do mundo, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e em entrevista para a redação integrada da Rádio Cidade e Jornal O Alto Jacuí compartilhou um pouco dessas experiências. 

Em um mundo em que viajar se tornou sinônimo de destinos populares e tendências nas redes sociais, Tati, uma viajante ávida e em busca de aventuras, compartilha sua perspectiva única sobre a verdadeira essência da exploração. Durante um agradável bate-papo regado a café, que durou cerca de meia hora, Tati desvendou suas experiências de viagem, desafiando percepções comuns e lançando luz sobre os tesouros escondidos do mundo.

A conversa de Tati tomou um rumo inesperado quando ela se deparou com um viajante experiente que havia visitado vários países, desfazendo o mito de que viajar era reservado a alguns poucos privilegiados. Esse indivíduo, que explorou o mundo enquanto trabalhava, provou que era possível embarcar em jornadas extraordinárias sem sacrificar ambições profissionais. Inspirada por sua história, Tati percebeu que seus sonhos de viagem estavam ao seu alcance.

Conforme a conversa avançava, Tati descobriu a importância de abraçar a espontaneidade e ir além do conhecido. Ela aprendeu que depender apenas de destinos populares muitas vezes limita o potencial de uma verdadeira exploração. “Viajar é muito mais do que visitar destinos turísticos. É uma oportunidade de mergulhar em novas culturas, conectar-se com pessoas incríveis e expandir nossos horizontes.” ensina a viajante do mundo. Tati compartilhou sua revelação pessoal, relembrando sua viagem recente à Ásia, onde comparou suas experiências europeias e encontrou um contraste refrescante. Da Alemanha ao Reino Unido, ela descobriu seu amor pela Europa. No entanto, sua percepção se expandiu ao visitar a Ásia, principalmente as Filipinas, onde ela experimentou as maravilhas da região sem esvaziar a carteira.”Ao explorar lugares remotos e desconhecidos, descobri a importância de valorizar a autenticidade das experiências. É nesses momentos que realmente nos conectamos com a essência de um lugar.”
Ao perguntar sobre o porquê dessa paixão pela viagem, a ibirubense não titubeia: escapar das bolhas sociais. Ela observou que as pessoas frequentemente se inclinam em direção a destinos influenciados pela mídia e pelo consumo, negligenciando lugares menos conhecidos, mas igualmente encantadores. Ao desafiar essas normas, Tati instigou os demais viajantes a romperem com suas zonas de conforto e explorar destinos que oferecem experiências excepcionais a preços acessíveis.

Além disso, ela ressaltou a importância das viagens conscientes, enfatizando o impacto ambiental do turismo. Ela chamou a atenção para a diferença entre países como o Japão, onde a limpeza e a sustentabilidade estão profundamente enraizadas em sua cultura, e outros locais onde o descarte de lixo e o comportamento irresponsável prevalecem. Tati expressou sua consternação ao testemunhar outros turistas desconsiderando a beleza natural dos destinos ao deixarem lixo para trás. Ela enfatizou a necessidade de práticas de viagem responsáveis, como reduzir o desperdício e carregar sacolas pessoais para o lixo, a fim de preservar as maravilhas do mundo para as gerações futuras.
O ponto alto das recentes viagens de Tati foi, sem dúvida, sua jornada pelo continente africano. Ela compartilhou detalhes emocionantes sobre sua experiência em um safári, onde teve a oportunidade de testemunhar de perto a majestade da vida selvagem. Ela descreveu as paisagens deslumbrantes, os encontros com animais exóticos e a sensação de conexão profunda com a natureza. Tati resumiu sua filosofia de viagem em três palavras: autenticidade, respeito e gratidão. Ela enfatizou a importância de se abrir para novas culturas, abraçar as diferenças e ser grato por cada experiência única que as viagens proporcionam. “Uma das minhas viagens mais memoráveis foi pela África. Ver os animais selvagens em seu habitat natural foi uma experiência indescritível, que despertou em mim um profundo amor pela natureza e a importância de sua conservação. Acredito que as viagens nos ensinam a ser gratos pelas pequenas coisas e a valorizar cada momento. Cada encontro, cada paisagem, é uma oportunidade de aprendizado e crescimento pessoal.” finaliza.

A partir de junho, você poderá acompanhar aqui nas páginas do Jornal O Alto Jacuí todas as imagens e relatos de todas essas “Experiências de uma mulher que viajou por meio mundo”, título da coluna quinzenal que Tati Luft vai retomar no jornal da comunidade.