18 de novembro, 2024 09h11m Báu do Esporte por Jornalista - Cristiano Lopes

Pedro Ferraz compartilha trajetória de 20 anos no futebol e os desafios como veterano do Revelação

O atleta amador narra sua história como goleiro e os desafios da gestão esportiva no time Revelação.

Em uma conversa descontraída, com histórias de superação e companheirismo, o ex-goleiro Pedro Ferraz compartilhou no Baú do Esporte memórias de duas décadas dedicadas ao futebol amador, as dificuldades e os aprendizados em sua função atual como dirigente dos veteranos do Revelação. O início da carreira, a época áurea dos times de areia e os desafios do esporte amador de hoje, cada vez mais influenciado pelos altos custos e pela falta de apoio para as novas gerações de atletas locais, foram tema da conversa.
 

Pedro Ferraz, conhecido pelo apelido carinhoso de “mão de ouro”, falou sobre seu início no futebol no bairro Progresso, jogando por times locais como São José e Botafogo. Ele relembrou a origem de sua paixão pelo esporte, reforçada pelos treinos e competições no Areião, espaço que movimentava a comunidade e atraía atletas de todos os bairros. “Comecei no Areião, era lá que aprendíamos a jogar com garra, entre amigos. Hoje em dia, com as quadras de grama sintética, a tradição  acabou, e os jovens perderam um pouco dessa vivência,” contou Pedro, também conhecido como ''Cara Chata''.
O ex-goleiro também falou sobre as mudanças no cenário do futebol amador. Ele apontou o alto custo das competições como um fator que afasta os jovens e limita a formação de novos times. Segundo Pedro, os jogadores locais acabam se desmotivando, pois muitos clubes preferem pagar para trazer atletas de fora em vez de investir na base. “O esporte amador ficou caro e virou comércio. Jogador da casa está muito caro e, muitas vezes, sai mais barato trazer um atleta de fora para competir por uma temporada do que valorizar quem nasceu aqui,” lamentou.
Desde que assumiu a presidência dos veteranos do Revelação, Pedro trabalha para resgatar a essência de grupo e a união, elementos que, para ele, são o alicerce de um time. Ele organizou a festa esportiva anual da equipe, que ocorreu no último domingo, no Bangu, onde mais de 300 pessoas participaram do tradicional almoço e rodada de jogos, e 38 caixas de cerveja foram vendidas. “O almoço e os jogos são uma forma de manter nossa comunidade ativa e motivada, com o apoio de uma direção unida que trabalha junto e por amor ao esporte. Estamos aqui para criar um espaço de convivência e ajudar nossos atletas a se manterem em atividade,” finalizou Pedro.

Publicidade

Publicidade

Banca Virtual Edição Digital

Principais categorias