A Feira Nacional do Trigo teve a sua primeira edição em 1975 com a finalidade de prestar homenagem simbólica aos produtores do cereal mais produzido nos Estados do Sul do país, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Desde a época, já existia a mostra de produtos ligados à agropecuária, comércio e indústria.
A abertura oficial da colheita de trigo adiada para o próximo sábado (8) não muda em nada o otimismo dos produtores do cereal, também pudera. De acordo com o levantamento da Safra de Grãos, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no Rio Grande do Sul a área semeada com trigo no Estado em 2022 deve chegar a 1,374 milhão de hectares, uma expansão de 18% na comparação com a safra do ano passado. Em termos nacionais, a Conab prospecta o plantio de 2,958 milhões de hectares de trigo na safra que se iniciou em agosto de 2022, com a colheita recorde de 9,161 milhões de toneladas e produtividade de 3,096 toneladas por hectare.
A produção mundial de trigo na temporada 2022/23 projetada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), será de 775 milhões de toneladas, 1,0% menor do que em 2021/22, devido à redução do plantio na Ucrânia, Austrália e Marrocos, apesar de maiores cultivos no Canadá, Rússia e Estados Unidos. A China, maior produtor mundial, colhe anualmente 135 milhões de toneladas de trigo, contra 106 milhões da Índia, 81 milhões da Rússia e 21,5 milhões de toneladas da Ucrânia. Antes do conflito, Rússia e Ucrânia respondiam por 30% das exportações globais de trigo.
Para o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, os agricultores aproveitaram a situação global para apostar mais nas culturas de inverno, principalmente o trigo. O consumo nacional de trigo é de cerca de 13 milhões de toneladas por ano. O conhecimento compartilhado nesse momento é, sem dúvidas, expressivo para todos que participam”, afirmou o analista que acompanha o cenário do grão.