Um disparo acidental de arma de fogo deixou uma menor de idade ferida na perna na noite de sexta-feira (23) na localidade do Pinheirinho, interior de Ibirubá. O nome da adolescente foi preservado. Conforme informações do boletim de ocorrência, o fato ocorreu por volta das 20h45min quando a menor entrou no quarto do casal e pegou um revólver Taurus calibre 38.
A mesma versão foi dada pelo casal que mora na propriedade que afirmou em depoimento que a jovem de 17 anos acertou um tiro acidental na própria perna.
O casal que é a mãe e o padrasto da vítima prestaram os primeiros socorros, e ele levou a jovem ao Pronto Atendimento do Hospital da Comunidade Annes Dias. Por se tratar de ferimento com arma de fogo, a BM foi acionada e registrou a ocorrência. O delegado plantonista foi comunicado do fato e solicitou a apreensão da arma, que estava com registro em situação normal. Segundo o boletim, o revólver tinha cinco munições intactas e uma deflagrada.
A ocorrência foi registrada como omissão de cautela e apreensão de objeto.
Por mais que pareça um fato inusitado e incomum, não é. Acidentes com armas de fogo armazenadas em casa sem a devida segurança ocorrem com muita frequência no Brasil. Uma pequena pesquisa no google mostra centenas de casos dos chamados “ tiros acidentais” com várias situações em que o disparo causou a morte ou sérios ferimentos.
Segundo o Estatuto do Desarmamento, em seu artigo 5º, uma vez com o certificado, a pessoa que o recebeu pode comprar uma arma de fogo de uso permitido, mas só pode estar sob posse dela em casa ou em um local de trabalho do qual seja o dono ou responsável legal. Ou seja, a arma deve permanecer o tempo todo dentro do estabelecimento.
Já o porte de armas garante aos proprietários a possibilidade de andar armados nas ruas. Ou seja, com ele é possível transitar com a arma em ambientes para além da residência ou local de trabalho do dono do armamento.
O porte é permitido somente à pessoas que façam uso da arma para fins profissionais e de defesa, além de moradores rurais e alguns casos específicos.
Os números crescentes de registros têm causado preocupação.
Existem 692,5 mil armas pertencentes a cidadãos comuns com autorização para posse ou porte.