s entidades representativas da Polícia Civil do Rio Grande do Sul deliberaram, em assembleia unificada, pela convocação de uma paralisação de 48 horas nos dias 8 e 9 de agosto. A decisão tem como principal objetivo pressionar o governo do estado a abrir uma negociação efetiva com os policiais civis, diante de uma série de reivindicações que vêm sendo negligenciadas.
Há mais de um ano, os policiais civis não têm suas promoções efetivadas, e nos últimos cinco anos, a reposição salarial não passou de 6%, o que tem afetado diretamente o poder de compra da categoria. Além disso, a reforma do IPE Saúde também é motivo de insatisfação, pois impõe uma parte significativa do salário dos policiais como contribuição para o sistema. De acordo com os representantes das entidades, a negociação com o Executivo estadual chegou a um impasse, com pouca ou nenhuma resposta às principais demandas dos policiais civis. Entre essas pautas, destaca-se a urgência na reposição salarial para garantir condições dignas de trabalho e remuneração para os profissionais que arriscam suas vidas em prol da segurança pública. Outro ponto crucial é a necessidade de simetria salarial entre os Comissários de Polícia e os Capitães da Brigada Militar, que hoje enfrentam uma disparidade injusta em seus vencimentos. Além disso, os policiais exigem o apoio do governo ao Projeto de Lei 04/2023, que busca restabelecer a Paridade e a Integralidade para os policiais que ingressaram na corporação após 2015. A expectativa é que, após a paralisação, haja um canal de diálogo aberto com o governo estadual, para que as demandas da categoria sejam finalmente atendidas e os policiais civis possam exercer suas funções com dignidade e motivação. A data da paralisação se aproxima, e a expectativa é de que a mobilização tenha um impacto significativo nas negociações com o estado.