Quatro estabelecimentos de Ibirubá estavam no radar da operação determinada pelo Ministério Público através da promotora de Justiça de Espumoso, Suzane Hellfeldt. A ação de fiscalização começou na manhã de quarta-feira (14), e levantou um alerta sobre a conservação dos alimentos nos estabelecimentos. As imagens foram divulgadas e são fortes. Alimentos vencidos desde fevereiro ainda tinham destaque na prateleira, baratas e larvas se misturando com pães velhos acumulados e cheios de mofo. Agentes da Força-Tarefa Segurança Alimentar RS participaram da ação que iniciou por volta de 8 horas. O saldo do dia foi a apreensão de 4,5 toneladas de alimentos impróprios para o consumo. Além de carne e derivados (salame, linguiças entre outros), produtos de padaria como pães, bolachas e cucas também foram apreendidos e inutilizados. Os alimentos foram carregados em caminhões e transportados para o aterro sanitário da Linha Duas, no interior do município. Alguns estabelecimentos tiveram interdição total ou parcial de setores como padaria e depósito. Os proprietários dos e s t a b e l e c i m e n t o s q u e apresentaram irregularidades foram autuados. Durante as vistorias foram encontrados alimentos sem procedência, armazenados em temperatura inadequada, validade vencida ou sem rótulo indicando validade. Foi constatado também a venda de medicamentos sem autorização. O local interditado apresentou péssimas condições de higiene, com larvas e baratas caminhando em alimentos e pelo depósito. Além do Ministério Público, a fiscalização contou com a presença do coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, servidores do Gaeco – Segurança Alimentar, da Vigilância Sanitária de Ibirubá, Secretaria Estadual da Saúde, Secretaria da Agricultura, Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor e da Patram. A Redação Integrada agendou uma entrevista com o promotor responsável pela operação para a próxima quarta feira, às 12h30min, na Rádio Cidade FM. Não foi possível antes devido a outra operação em Fortaleza dos Valos, na quinta-feira (15), e de várias audiências que estavam agendadas com o promotor. Nas redes sociais a comunidade se dividiu entre opiniões contrárias e favoráveis ao descarte dos alimentos considerados impróprios para a comercialização. ‘‘Deviam levar para os cachorros da ONG’’, dizia o comentário de um internauta.