22 de julho, 2024 08h07m Fortaleza dos Valos por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

Casa histórica é preservada em Fortaleza dos Valos e chama atenção pela sua estrutura e beleza

Servindo como moradia, a casa chama atrai os olhares dos moradores e visitantes

A revitalização das casas históricas na região do Alto Jacuí, tem agradado os leitores do Jornal O Alto Jacuí e do Correio do Mate, por isso, essa semana, a gente trás nas páginas do jornal, mais uma reportagem sobre esse assunto, que foi cedidada pelo jornalista e empresário Clóvis de Melo Masserschimitd , confira:

Muitas pessoas que transitam pela Avenida Leopoldo Meinen, no centro de Fortaleza dos Valos, nem imaginam que atrás daquelas mansões, existe uma casa histórica com cerca de cem anos, construída no início da década de 20 e ainda preservada pela sua proprietária Verônica Cancian Stefanello.
Em entrevista, Verônica relatou que ela e o saudoso marido Idmar Facco Stefanello adquiriram o imóvel em 1981, do Sr. Atílio Facco (in memoriam), que era tio de Idmar. Há 15 anos, reside numa casa de alvenaria edificada em frente à casa histórica, mas ainda atribui elogios à antiga moradia, que vem sendo alugada.
O Sr. Osvaldo Facco, primo de Idmar, nos contou que morou três anos no imóvel, comprado pelo seu pai Atílio, em 1945, do Sr. Leopoldo Meinen (in memoriam). Os seus tios Laídes e Albino Facco também residiram nele por 10 anos. Facco relata que o Sr. Leopoldo Meinen foi quem mandou erguer a casa nos anos 20, com travessas de pinheiro feitas a machado e o restante em madeira de grápia, com uma dimensão em torno de 200 m², tendo 5 metros de altura, paredes duplas, lambrequins e telhado de zinco, características originais conservadas até hoje. 
Ele lembra também que durante muitos anos, a água das chuvas era captada e armazenada numa cisterna externa, através das calhas do telhado, sendo utilizada pelos seus moradores para várias funções, inclusive para beber. Ela foi feita de tijolos maciços e tem três metros de profundidade. Mais tarde, foi perfurado um poço artesiano, já que a água encanada demorou a chegar até o local. 
O Sr. Osvaldo destaca que gostou muito de morar no imóvel, um local muito bom e silencioso com três hectares, que na época era arborizado e cercado com taquaras. Também recorda que combateu um princípio de incêndio na moradia, ocasião que teve que retornar para trocar de roupas, pois havia sido convidado pelo padre Jerônimo Martini para ir ao enterro do padre Paulo Bortolini, em Sede Aurora, Quinze de Novembro.
A Sra. Verônica quer vender a casa histórica, pois deseja morar em Cruz Alta, onde estão seus familiares. Quer muito que o imóvel seja transformado em patrimônio histórico do município de Fortaleza dos Valos, assim sendo restaurado e protegido, para tal se coloca à disposição dos órgãos competentes.

O que é lambrequim?
Lambrequim (do holandês: lamperkijm) é o nome de recortes e pendentes, feitos em tecido, madeira ou outro material, usados na arquitetura, na decoração e na heráldica. Na heráldica, também é denominado paquife.
No Brasil, o lambrequim foi muito utilizado nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, principalmente pelos imigrantes italianos, ucranianos, alemães e polacos. Eles encontraram maior facilidade em construir suas casas em madeira, pela grande quantidade de araucárias, cedros, imbuias e outras madeiras nobres que encontraram nessa região.

Lenda dos Lambrequins
A origem dos lambrequins possui várias lendas, porém a mais interessante é esta da escritora paranaense Luciana do Rocio Mallon:
‘‘Eslovenka era uma velha curandeira medieval da Europa, que morava no meio da floresta e fazia o bem para muitas pessoas do povo. Mas, um certo dia um conde invejoso resolveu acusá-la de bruxaria e os guardas foram procurá-la. 
Porém, apareceu um anjo na casa desta mulher e disse que para tornar sua casa invisível contra os inimigos, ela devia colocar proteções decoradas nas beiras da sua residência. 
Assim, ele ensinou esta curandeira a fazer lambrequins de madeira. Depois, que Eslovenka colocou estes enfeites na sua casa, ela ficou invisível para os seus inimigos que queriam colocá-la na fogueira pela falsa acusação de bruxaria. 
Então, a partir daquele dia, esta curandeira ensinou as pessoas a fazerem lambrequins nas suas casas para se protegerem dos inimigos.’’.

Publicidade

Notícias relacionadas

Rosana Gastring compartilha sua experiência como bombeira em Tapera, revelando sua rotina e desafios

Bombeira destaca desafios e importância da preparação no combate a emergências em Tapera

04 de novembro, 2024

Publicidade

Banca Virtual Edição Digital

Principais categorias