23 de Setembro, 2022 14h09mFortaleza dos Valos

Fortaleza dos Valos é Alvo de força-tarefa da Segurança Alimentar

Em duas operações realizadas na região, a força-tarefa de Segurança Alimentar, comandada pelo Ministério Público, inutilizou mais de cinco toneladas de alimentos impróprios para o consumo. A maior quantidade foi em Ibirubá que em quatro estabelecimentos autuados além de interdição parcial ou total de setores como padaria e depósito foram apreendidos e descartados 4,5 toneladas de alimentos impróprios para o consumo. A vistoria em Ibirubá foi na manhã da quarta-feira (14). No dia seguinte, já em Fortaleza dos Valos, a força-tarefa apreendeu e inutilizou 480 kg de alimentos impróprios para o consumo em sete estabelecimentos vistoriados. Apenas um deles não apresentou irregularidades, os outros seis foram autuados. Segundo o Promotor Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, que estava à frente da operação, as principais irregularidades encontradas durante as vistorias foram produtos vencidos, estragados, rótulos incompletos, alimentos sem procedência e armazenados de forma inadequada.Em Fortaleza dos Valos a fiscalização ocorreu por solicitação da promotora de Justiça de Cruz Alta Vanessa Casarin Schütz e contou com a presença dos servidores do Gaeco – Segurança Alimentar, representantes da Vigilância Sanitária Municipal de Fortaleza dos Valos, Secretaria Estadual da Saúde, Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Delegacia de Polícia de Proteção ao Consumidor (Decon) e da Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram).

O que é um alimento impróprio para o consumo

O estabelecimento que comercializa produtos impróprios para o consumo está sujeito a uma série de penalidades. De acordo com a lei, o produto é impróprio ao consumo quando o prazo de validade estiver vencido, ou quando o bem estiver deteriorado, adulterado, avariado, corrompido ou for nocivo à vida e à saúde e, também, quando estiver em desacordo com as normas de fabricação, distribuição e apresentação. A Lei nº. 8.137/1990 considera infração penal, com pena de dois a cinco anos "vender, ter em depósito para vender ou expor à venda ou, de qualquer forma, entregar matéria prima ou mercadoria, em condições impróprias ao consumo". Isso significa que o caso pode ser informado à Delegacia do Consumidor para melhor apuração dos fatos e posterior punição dos responsáveis. Além disso, o estabelecimento está sujeito à aplicação de multas, tanto pelo Procon quanto pela vigilância Sanitária que, também, podem, conforme a gravidade da situação, determinar a interdição do local. 

A força-tarefa Segurança Alimentar já recolheu 55 toneladas de alimentos impróprios para consumo em 35 cidades gaúchas no ano de 2022. 

Publicidade

Outros municípios próximos a Ibirubá também foram fiscalizados este ano. Em Abril, quatro mercados foram alvos de uma operação da força-tarefa no Salto do Jacuí. Ao todo, 720 kg de alimentos impróprios para o consumo foram apreendidos e inutilizados. Dos quatro estabelecimentos fiscalizados, um foi totalmente interditado e outro teve a padaria interditada. Em junho, em Cruz Alta, agentes da força-tarefa do Programa Segurança Alimentar RS apreendeu e inutilizou 1,8 toneladas de alimentos em cinco estabelecimentos, um deles foi totalmente interditado e outro teve o açougue e o depósito interditados. 

O  promotor Alcindo Bastos, que coordena a força-tarefa, conta que situações de falta de higiene envolvendo ratos e baratas ocorrem com frequência. “Questões de higiene também são bem recorrentes, com presença de insetos, aranhas, baratas em grande quantidade, roedores ou fezes de roedores. É um grande risco para quem consome, mas também para os funcionários dos estabelecimentos ``, destaca o promotor.  A fiscalização acontece desde 2016 e já passou por 90 cidades desde a sua criação. Nesse período, segundo Bastos, já ficou provado que os problemas envolvendo conservação de alimentos e higiene são encontrados tanto em locais modestos, quanto em estabelecimentos sofisticados. “Encontramos, infelizmente, problemas em todos os locais, independentemente do tamanho.  Muita coisa não é má-fé. Mas, assim como há comerciantes que vemos que é falta de orientação ou atenção, tem aqueles que trabalham de forma irresponsável visando ao maior lucro”, observa.

Publicidade

Notícias relacionadas

Calendário 2026 da Apae celebra os 70 anos de Ibirubá com participação ativa da comunidade

A Apae de Ibirubá realizou, na última sexta-feira (14), o lançamento oficial do calendário 2026.

21 de Novembro, 2025