01 de Agosto, 2025 09h08mEsporte em Destaque por JORNALISTA CRISTIANO LOPES

Municipal de campo terá novo formato com foco nos atletas locais e 6 times confirmados

Competição terá início no mês de setembro com jogos noturnos durante a semana e diurnos nos finais de semana

Coordenador do DMD, Ivan Caponi (Zico), detalha mudanças, desafios e expectativas para o Municipal 2025, com jogos em vários estádios, rodada estendida e atenção à realidade financeira dos clubes

O futebol de campo está de volta ao calendário esportivo de Ibirubá, e com mudanças importantes. Em entrevista ao Jornal O Alto Jacuí, o coordenador do Departamento Municipal de Desporto (DMD), Ivan Caponi — o Zico — explicou o novo formato do campeonato, a organização dos clubes e as dificuldades enfrentadas.

Segundo Zico, o maior desafio do campeonato municipal de campo sempre foi equilibrar os interesses dos clubes e manter a essência do esporte local. 
“O futebol de campo em Ibirubá não é de hoje que carrega polêmicas. Desde 2006, quando trabalhei no DMD com o Garrincha, já havia muita discussão sobre pagamento de jogadores e favoritismos. Sempre tentamos organizar um campeonato que agrade a maioria, mesmo sabendo que não é possível contentar todos”, destacou

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Entre as principais mudanças deste ano está a descentralização dos jogos, que não serão realizados em um único estádio. “Nosso município é privilegiado. Temos campos excelentes, inclusive com irrigação e iluminação em algumas sedes. Decidimos que haverá mandante e visitante. Não faz sentido concentrar tudo em um só lugar”, explicou o coordenador. A proposta é realizar uma rodada por dia: jogos à noite de quarta a sexta-feira, e partidas nos finais de semana.
Outro ponto importante definido nas reuniões com os clubes foi o número reduzido de equipes e o formato mais enxuto. Confirmaram participação União Hermany, Revelação, Ki Loucura, Senegalês Futebol Clube, Bangu e Águia Branca. Times tradicionais como Botafogo, Palmeiras, Florestal, Atlético, São José e Vila Nova ficaram de fora nesta edição. “Faremos um turno único com cinco equipes, seguido de mata-mata em jogo único e final também em jogo único”, detalhou.
Quanto à organização técnica, o regulamento prevê que cada equipe do principal poderá contar com até quatro jogadores de fora, além de dois nomes de cada uma das Listas 1 e 2.

“Queremos um campeonato que movimente a cidade e valorize quem joga aqui. Esse foi o pedido da maioria dos clubes”, destacou.

Nos aspirantes, serão permitidos cinco atletas acima de 40 anos e obrigatoriedade de contar com pelo menos cinco nascidos em 2009, 2010 ou 2011. “Hoje vejo que os veteranos têm mais vontade de jogar do que muitos jovens. Essa inclusão ajuda os clubes a manterem os times completos”, pontuou.
Sobre a arbitragem, Zico confirmou que está praticamente tudo certo, com definição entre duas entidades: a Liga de Colorado, comandada por Ilton de Souza, ou a AIACA de Cruz Alta, do Gilberto de Souza. A segurança também está sendo tratada com antecedência para evitar imprevistos. A previsão é que o campeonato inicie na segunda quinzena de setembro, com duração estimada entre 40 e 60 dias.
Zico também destacou a preocupação com a sustentabilidade financeira dos clubes. “Cada jogo tem um custo alto. Por isso, optamos por um campeonato de curta duração, com jogos concentrados e formato direto, que não onere as equipes”, explicou.
A renda e a copa dos jogos ficarão com os clubes mandantes, salvo nos casos de parceria entre equipes. “Se dois clubes dividirem o campo, podem negociar a divisão da renda. Mas a princípio, a arrecadação é do mandante. Nas finais, há divisão entre os finalistas”, informou.
Zico também rebateu críticas sobre a ausência de times do interior, como a Fazenda Itaíba. “Eles não estão esquecidos. Para 2026, queremos lançar a Copa Ibirubá, que vai integrar comunidades como Botafogo, Linha Seis, Triunfo, São João da Várzea e outras. Precisamos trazer esses clubes de volta com um formato que funcione”, prometeu.
Sobre premiações, o coordenador afirmou que, a princípio, serão oferecidos apenas troféus e medalhas, mas não descartou parcerias para incluir prêmios em dinheiro. “Estamos tentando algo com empresas locais, mas sabemos que a situação econômica é difícil. Se surgir oportunidade, podemos agregar isso”, completou.
Por fim, Zico fez um apelo por consciência e união no esporte local. “A gente tenta fazer o melhor. Nem sempre vai agradar todo mundo, mas queremos preservar o futebol amador de Ibirubá. Isso só será possível se os clubes pensarem no coletivo e no futuro. Eu digo sempre: é melhor jogar por dez anos com equilíbrio do que dois anos gastando além do que se pode. O futebol precisa ser sustentável.”

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