15 de julho, 2024 13h07m Entrevistas por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

Conheça o novo Juiz da Comarca de Ibirubá

João Gilberto Engelmann, de 37 anos assume o cargo e gera expecativas em relação ao seu trabalho na comunidade

 A pequena cidade de Ibirubá, conhecida por seu espírito cooperativista e crescimento contínuo, recebeu de braços abertos seu novo juiz, João Gilberto Engelmann, de 37 anos. Com uma sólida formação em Filosofia e Direito, Engelmann traz consigo uma bagagem rica em conhecimento teórico e prático, pronto para enfrentar os desafios de sua nova jurisdição.

Quem é João Gilberto Engelmann?
Nascido em Alecrim, no noroeste do Rio Grande do Sul, Engelman percorreu um caminho acadêmico diversificado. Após um ano em Cruz Alta, preparou-se para o vestibular em Passo Fundo, onde se formou em Filosofia e Direito. Posteriormente, completou mestrado e doutorado em Filosofia do Direito na PUC em Porto Alegre, e uma especialização em Direito Público. Sua trajetória acadêmica reflete um compromisso profundo com a busca do conhecimento e da justiça.
Os desafios em uma nova comarca 
Engelmann assume a vara única de Ibirubá e Quinze de Novembro, uma mudança significativa em relação à sua experiência anterior em Rio Grande, onde lidava exclusivamente com crimes. Em Ibirubá, ele enfrentará uma variedade de processos, desde criminais até cíveis e familiares. A complexidade e o volume de trabalho são grandes — são cerca de 10.000 processos para um único juiz. "É um desafio de outra magnitude, sobretudo pelo volume de processos," disse Engelman. "Mas a assessoria qualificada e a equipe de servidores comprometidos são fundamentais para uma prestação jurisdicional adequada."
Com uma base sólida em Filosofia, Engelmann acredita que sua formação filosófica é um diferencial importante na prática jurídica. "A Filosofia me ensinou a escutar e a dialogar, a confrontar argumentos de maneira justa e a evitar preconceitos arraigados," explicou. Este enfoque é crucial para um magistrado que valoriza a justiça imparcial e a análise criteriosa dos casos.

Infraestrutura e expectativas
Engelmann destacou a necessidade urgente de melhorias na infraestrutura do fórum de Ibirubá, que sofre com problemas de acessibilidade e infiltrações. No entanto, há boas notícias: um novo fórum está em fase de planejamento, com previsão de conclusão em dois anos. Enquanto isso, ele e sua equipe fazem o possível para atender às demandas da comunidade de maneira eficiente. Apesar dos desafios, Engelman está otimista e comprometido com sua nova função. Ele se mudou definitivamente para Ibirubá e se considera agora um cidadão da cidade. "Hoje, sou um cidadão de Ibirubá, e aqui desempenho minhas funções com ânimo definitivo," afirmou.
Em um mundo onde a justiça é muitas vezes vista como distante e inacessível, a abordagem humanista e filosófica de Engelman oferece uma esperança renovada para a comunidade de Ibirubá. Ele não apenas se compromete a ser um magistrado justo e diligente, mas também a integrar-se na sociedade, participando ativamente da vida comunitária. Como disse Aristóteles, "A justiça é a virtude completa, pois requer o exercício de todas as outras virtudes." Com essa filosofia em mente, Engelmann inicia sua jornada preparado para os desafios com sabedoria.
Sentença repercute no país
Uma recente decisão do novo magistrado de Ibirubá tomou alcance nacional. Um padre de 63 anos foi condenado a 15 anos, 10 meses e 16 dias de prisão pelo sequestro e estupro de uma menina de 11 anos em Rio Grande. A sentença foi proferida pelo juiz João Gilberto Engelmann, então titular da 1ª Vara Criminal de Rio Grande, na segunda-feira, 03 de junho de 2024.
O crime ocorreu em 2018, quando o padre, que conhecia a menina por ter celebrado sua primeira comunhão, a forçou a entrar em seu carro enquanto ela brincava na frente de casa. Sob ameaças de morte, ele a manteve em cárcere privado e abusou sexualmente dela. A menina conseguiu escapar e pedir ajuda, sendo encontrada por uma amiga da família. Em consequência do trauma, ela precisou de acompanhamento psicológico e psiquiátrico. O padre, que já havia sido preso em flagrante por um crime semelhante, ainda responde em liberdade enquanto a defesa recorre da decisão. O advogado do religioso alega que a sentença "foi contrária à prova dos autos". As informações são do Portal Terra. 
 

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