Claciane Reginatto, conhecida carinhosamente pelos fãs como " Classy, a Musa do Bailão", compartilhou detalhes íntimos de sua trajetória musical e a vida na estrada com a Banda Mercosul. Com mais de 20 anos de carreira, ela revela os desafios e as alegrias que marcaram sua jornada.
A história de Classy com a Banda Mercosul começou de maneira familiar. Seu pai criou a banda inicialmente para seu irmão, que tocava bateria, mas Classy acabou assumindo o protagonismo quando seu irmão seguiu outros caminhos. "Ele hoje é piloto de avião, e eu fiquei na banda. Estou aqui há mais de 20 anos", disse Classy, ressaltando a longevidade de sua carreira.
A presença de seu pai, que viaja com a banda e atua como produtor, é uma peça chave para Classy. Ela sente uma grande segurança em tê-lo por perto, cuidando dos detalhes organizacionais e proporcionando um suporte emocional indispensável. "Ele organiza as coisas, atua como produtor. É uma segurança que tenho, me sinto melhor com ele junto," explicou.
O título de "Musa do Bailão" não foi algo planejado, mas sim uma alcunha dada carinhosamente pelos fãs. "Eu sempre via na internet: 'ela é a musa do bailão.' Então, resolvemos registrar o nome. Foi algo espontâneo, vindo das pessoas," contou Claciane, demonstrando gratidão pelo carinho recebido ao longo dos anos.
Em relação à sua vida pessoal, Classy deu risada dos rumores sobre seu relacionamento com o humorista Pilha, esclarecendo que seu coração pertence a Pablo, o baterista da banda, com quem está há quase cinco anos. "A gente trabalha juntos e é assim que precisa ser para enfrentar os desafios das viagens e das estradas."
A vida na estrada, segundo ela, é cheia de perrengues. Classy mencionou a falta de estrutura em alguns locais e as dificuldades de se manter confortável durante as viagens. "Agora a gente reformou meu quarto no ônibus. Antes eu deitava no chão, mas agora está bem mais confortável," revelou, destacando a importância de pequenas melhorias para enfrentar a rotina.
A 'Musa do Bailão' também falou sobre a importância de cuidar da voz, uma lição que aprendeu da maneira mais difícil. "Eu não cuidava da minha voz até ficar roquinha. Agora, faço nebulização e tomo medicação para evitar a necessidade de cirurgia," compartilhou, alertando outros cantores sobre a importância de cuidar das cordas vocais desde o início da carreira.
Sobre os projetos futuros, Classy mencionou o lançamento da nova música "Coração de Rapariga", que conta a história de alguém que sofreu muito por amor e pediu a Deus para não se apegar mais. "É uma música que pode parecer controversa, mas também fala sobre a busca pelo amor" explicou.
O pai de Classy, Sérgio Reginatto, também se juntou à conversa, refletindo sobre os 25 anos da Banda Mercosul. "Comecei isso para desestressar, mas acabei encontrando mais desafios. Já tive outras bandas, e a Mercosul foi construída para meu filho. Hoje, a Classy é quem leva a banda adiante". Responsável por escolher o repertório da banda, adaptando-o conforme o evento, seja uma formatura ou uma festa germânica, como a Volksfest em Quinze de Novembro, onde a banda se apresentou, Classy usa seu carisma e experiência para contagiar o público. "Eu escolho o repertório porque conheço o que o povo gosta, sei o que eles querem ouvir," disse ela. Por fim ela agradeceu a todos os fãs e incentivou-os a pedir as músicas da Banda Mercosul nas rádios, destacando a importância do apoio das rádios para o sucesso da banda. "As rádios são nosso carro-chefe. Sem elas, não estaríamos onde estamos hoje," concluiu.