19 de Setembro, 2025 09h09mencontros por Jardel Schemmer- Repórter Rádio Cidade 104.9

Famílias Grave e Rahmeier celebram união em encontro histórico em Westfália/RS

Iniciado em 2004, o encontro fortalece laços familiares e preserva a memória das origens germânicas.

Turma da excursão liderada por Ivar Rahmeier saiu de Panambi, passou por Ibirubá e Não-Me-Toque. Próximo encontro será em 12/09/2027 em Foz do Iguaçu/PR.
Turma da excursão liderada por Ivar Rahmeier saiu de Panambi, passou por Ibirubá e Não-Me-Toque. Próximo encontro será em 12/09/2027 em Foz do Iguaçu/PR.

Evento reuniu mais de 300 pessoas de diferentes estados e teve como destaque o depoimento de Norberto Grave, de 93 anos, símbolo vivo da história familiar

Na cidade de Westfália, no Alto Vale do Taquari, um encontro marcado por emoção, música e história reuniu mais de 300 pessoas para a oitava edição do Encontro da Família Grave e o terceiro Encontro da Família Rahmeier. O evento ocorreu no salão da Associação Cultural e Esportiva Fluminense e contou com representantes de diversos estados, como Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Entre os presentes, a figura central foi Norberto Grave, de 93 anos, nascido na antiga Linha Schmith, hoje vila de Westfalia. Com lucidez e simpatia, ele relembrou sua trajetória, desde os tempos de trabalho no frigorífico até sua atuação como músico e integrante da histórica Banda Maringá. 
“Trabalhei no frigorífico, depois comprei caminhão, trabalhei com ele e toquei por mais de 30 anos na banda. Fiz milhões de quilômetros pelo Rio Grande do Sul e outros estados. E ainda tem lugar que eu não fui”, contou com orgulho.
Norberto emocionou a todos ao recordar a origem dos encontros familiares, citando o já falecido Alberto Grave, de Ibirubá, que inspirou a realização da primeira festa. 
“Ele disse: ‘Norberto e Eno, façam uma festa da família Grave’. Ele veio com dois ônibus de Ibirubá. Naquela semana veio a falecer. Aquilo me marcou muito”, disse com a voz embargada.
A gaita de Norberto, que o acompanha há 70 anos, também foi destaque. Segundo o filho Airton, a gaita preta guarda uma data de fabricação que coincide com o seu nascimento: 13/12/1953. “Essa gaita não tem preço. Já foi reformada três vezes. O som dela é único. Tocava sozinho sem microfone nos bailes da época”, relatou o filho, entre risos e lembranças.
A presença da juventude no evento animou Norberto, que defende a importância de manter viva a história familiar. 
“Hoje teve muitos jovens que vieram me agradecer. Eles viram como é fazer um verdadeiro encontro de família”, disse. Ao ser questionado sobre como definir a Família Grave, respondeu: “Alegres, trabalhadores e comunicativos. Nós nos juntávamos para cantar. Tenho cadernos com letras que meu pai e meu tio escreviam. Mandavam até para a Alemanha”.
Norberto também compartilhou descobertas sobre as origens da família: “Fui à Alemanha e lá descobri com uma advogada que o nosso brasão é português. Os Grave trabalharam na Alemanha antes de virem ao Brasil, onde construíram a casa onde nasci — sem nenhum prego”.
Ao final do evento, Norberto recebeu uma foto com os participantes da excursão de Ibirubá, Panambi e Não-Me-Toque, presente simples, mas carregado de significado. “Vai para o meu escritório, tem um lugarzinho lá. Isso é precioso”, agradeceu, sorridente.
O som da Banda Maringá ecoou como trilha sonora do reencontro e da memória. 
“Sou disso, sou de festa, sou gaiteiro. Quero ficar ainda uns anos com a minha gaitinha”, disse Norberto, encerrando o encontro com o mesmo brilho nos olhos de quem ainda tem muito a ensinar e inspirar.

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