
A terça-feira, 22 de abril, amanheceu com mais registros de vazamentos na rede de abastecimento de água em Ibirubá. A reportagem de rua do jornalista Ademir Camargo confirmou denúncias feitas por moradores, que apontaram diversos pontos de desperdício em diferentes regiões do município, ampliando o cenário de descaso e indignação.
Na Avenida Brasil, próximo ao número 804, a água jorrava do solo e escorria pela via. Na Rua Reinoldo Braatz, nº 758, outro vazamento comprometia o asfalto e gerava transtornos à vizinhança. Na Avenida Sete de Setembro, dois rompimentos distintos foram observados nas imediações do posto odontológico. E na Avenida Getúlio Vargas, em frente à Promotoria de Justiça, mais uma perda visível de água potável completava o quadro crítico.
Moradores não esconderam sua revolta diante da situação. “Engraçado que a rede aguardou até a privatização para romper em toda cidade. Os entendidos acharam que era só colar cano...”, ironizou um morador. Outra cidadã lamentou: “O povo quer solução e não conversa fiada. Cadê nossos políticos ou é só na hora de pedir votos?”
Além dos danos ao pavimento e da queda na pressão da água nas residências, o que mais incomoda a população é o silêncio e a aparente lentidão no enfrentamento do problema. “Que descaso... Me pergunto até quando? E sem contar que essa água não volta mais... se foi. E a conta sempre chega”, afirmou uma moradora.
De acordo com apuração do jornalista Jardel Schemmer, em conversa informal com uma fonte que possui ligação com a Corsan, a previsão é de que os problemas ainda demorem a ser resolvidos. Isso porque, conforme explicou a fonte, para cada novo rompimento é necessário abrir um chamado específico no 0800 da empresa — processo que burocratiza a resposta e retarda as ações no município.
Ainda segundo a mesma fonte, um dos motivos dos rompimentos seria a pressão da água, que tem feito a rede ceder em diferentes pontos. “Muito se estudou e analisou para evitar que isso acontecesse. Mas agora chegaram pessoas novas que ainda não conhecem a realidade local. Cada cidade é um caso diferente e a pressão da água não pode ser padronizada. Leva tempo para entender como funciona Ibirubá”, afirmou.
A fonte também lamentou a situação atual: “Fico triste em ver a cidade neste estado — suja, molhada e com a água sendo tão desperdiçada.”
Enquanto os vazamentos seguem sem solução definitiva e os transtornos se multiplicam, o sentimento nas ruas é de frustração e urgência. “Peço compreensão dos órgãos competentes para solucionar este problema que não é pequeno. E o que mais me preocupa: essa água irá faltar para as gerações futuras... tenham certeza disto”, alertou um morador.
Nossa equipe seguirá acompanhando os desdobramentos e cobrando respostas. Afinal, não se trata apenas de encanamentos rompidos — é o bem mais precioso da cidade que segue escorrendo pelas sarjetas.