Neste dia 1º de Julho é o Dia Internacional do Cooperativismo, o Presidente Jânio Vital Stefanello, da Coprel, enfatizou o papel fundamental do cooperativismo na transformação das comunidades.
Ele destacou a capacidade do modelo de negócio de equilibrar os aspectos econômicos e sociais, bem como seu compromisso com a responsabilidade social e comunitária. Durante entrevista com a nossa reportagem, o dirigente cooperativista ressaltou os números impressionantes alcançados pela Coprel, incluindo o fornecimento de energia e internet para mais de 105 mil famílias. Ele mencionou o crescimento significativo do consumo de energia e das receitas da cooperativa, além da distribuição de sobras no valor de R$ 26 milhões para fundos de desenvolvimento. “O cooperativismo é o modelo de negócio que está entre o público e o privado e tem a capacidade de olhar principalmente para uma balança entre o econômico e o social e tem um grande compromisso com a responsabilidade social e comunitária.” ensina. Ele destaca a natureza do cooperativismo, que busca equilibrar interesses econômicos e sociais, além de ressaltar o compromisso das cooperativas com a responsabilidade social e comunitária. Stefanello destacou também os esforços da cooperativa em promover melhorias nas infraestruturas locais, como a implantação de redes trifásicas e fibra ótica, subsidiadas em 50% para produtores rurais. Ele enfatizou a importância da conectividade para a qualidade de vida, mencionando casos em que a internet permitiu que os jovens se mantivessem conectados e participassem ativamente no mundo.
Dia Internacional
do Cooperativismo
Jânio ressaltou a relevância do Dia Internacional do Cooperativismo, promovido pela Aliança Cooperativa Internacional, e enfatizou a importância de olhar para os princípios cooperativistas e a integração comunitária em um mundo cada vez mais conectado e colaborativo. Ele enfatizou o papel das cooperativas em diversos setores, como saúde, agricultura, crédito, educação e transporte, destacando sua contribuição para o equilíbrio social. “O cooperativismo pode transformar a vida das pessoas, trazer segurança, conectividade e melhorar a qualidade de vida no interior”, frisou.
A renovação de geração e de gênero no Cooperativismo
Ao trazer jovens e mulheres para os conselhos, Stefanello acredita que será possível antecipar as mudanças que ocorrerão nas cooperativas. Além disso, o presidente ressaltou a necessidade de envolver os jovens nas cooperativas, uma vez que eles têm perspectivas distintas das gerações mais antigas. Segundo ele, “os jovens movem-se de maneira diferente. Os mais antigos têm uma relação de afeto e empatia com a cooperativa, pois vivem e respiram a cooperativa. Já os jovens precisam ser trazidos para dentro, para entender esses movimentos e suas expectativas”. Stefanello destacou que os jovens buscam serviços de alta qualidade e excelência, e desejam uma relação transparente. ‘‘Eles são muito mais rápidos, muito mais ágeis, e por isso que nós temos que dar resposta”, ressaltou
A diversidade de perspectivas ajudará a cooperativa a se adaptar às transformações futuras, na visão do presidente. “Trabalhar com jovens e mulheres nos nossos conselhos vai fazer a gente antecipar as mudanças que vão acontecer nas cooperativas”, sublinhou Stefanello ao repórter Andrei Grave, da Redação Integrada .
Ibirubá como berço do Cooperativismo
Durante a entrevista, Jânio comentou sobre a influência do cooperativismo em Ibirubá e a importância de sua presença na região. Ele afirmou que essa tradição cooperativista fez diferença na história da cidade. Stefanello destacou a cultura trazida pelos imigrantes alemães, italianos e outros grupos, afirmando que eles já possuíam o cooperativismo em seu DNA, contribuindo para o início do movimento cooperativista na região.
Ao sobrevoar o município, é possível perceber o impacto do cooperativismo na vida dos habitantes. Stefanello mencionou a grande adesão da população local às cooperativas, como a Coprel, Cotribá, Sicredi, Unimed e até cooperativas de transporte, destacando que “mais da metade da população é sócia” de alguma dessas instituições. Isso reflete a importância e a relevância do cooperativismo no dia a dia das pessoas que vivem em Ibirubá.
No entanto, o presidente observou que nem todas as cooperativas obtêm sucesso. Ele apontou a gestão profissional, a integração e o planejamento como elementos cruciais para o bom desempenho de uma cooperativa. Stefanello enfatizou a importância de adotar as melhores práticas de gestão, contar com profissionais qualificados e buscar consultorias especializadas. Ele também mencionou a necessidade de antecipar-se às tendências futuras, como a energia, a tecnologia e telecomunicação, o agronegócio, a saúde e o crédito virtual. O presidente destacou que as mudanças no setor cooperativista não devem ser temidas, mas sim encaradas como oportunidades para melhorar a gestão e modernizar as práticas. Ele afirmou que essas transformações impulsionam os gestores a capacitar suas equipes e contribuem para um cooperativismo cada vez mais forte e próspero. “Se tirássemos as cooperativas do cenário econômico e social da nossa região, seria muito diferente. O cooperativismo é essencial para o desenvolvimento e a transformação das comunidades” ensina.
Ao final houve tempo para uma lembraça. “Quero fazer uma homenagem ao Arnaldo Bonzanini. Ele tem uma importância muito grande na história da nossa cooperativa e de toda a região.” registrou Stefanello ao falar do sócio-fundador número 14, ex-conselheiro e associado mais antigo, Arnaldo José Bonzanini, que faleceu recentemente. ‘‘Importante tanto na área da produção quanto na eletrificação da energia”. relatou Jânio. Ele destacou Bonzanini como marcante na história da fundação, e seu papel na criação de relacionamentos e amizades.