A Páscoa tem significados religiosos distintos. Para o Judeu, é a libertação do povo hebreu, quando Moisés conduziu o seu povo rumo à Terra Prometida, cruzando o Mar Vermelho. Esta travessia durou quarenta anos, simbolicamente.
Para o Cristão, este é o feriado mais importante de todos. A Semana Santa começa a culminar na sua relevância litúrgica na Quinta-feira de Endoenças, quando começa o chamado tríduo pascal, culminante na vigília que celebra, na noite do Sábado de Aleluia, a ressurreição de Jesus Cristo no Domingo.
Na Missa dos Santos Óleos ou Missa do Crisma, a Igreja celebra a instituição do Sacramento da Ordem e a bênção dos santos óleos usados nos sacramentos do Batismo, do Crisma e da Unção dos Enfermos, e os sacerdotes renovam as suas promessas.
Na Quinta-Feira de Endoenças, Cristo ceou com seus apóstolos, seguindo a tradição judaica do “Sêder de Pessach”, já que segundo esta deveria cear-se um cordeiro puro; com o seu sangue, deveria ser marcada a porta em sinal de purificação; caso contrário, o anjo exterminador entraria na casa e mataria o primogênito dessa família (décima praga), segundo o relatado no livro do Êxodo.
Na Sexta-feira Santa Jesus foi executado e morto na cruz. No domingo de Páscoa, ele ocorre a Ressurreição. O ápice do Cristianismo.
Saber tudo isso é interessante e fortalece a fé. Mas como isso muda nossa vida? Se associarmos a situação de escravidão egípcia ao ego, podemos ter uma jornada de libertação para a revelação do verdadeiro eu. Na saga de Cristo, mostra que o espírito triunfa sobre a matéria. Ou seja, nem tudo precisa ser tão material. Porque a glória do mundo é transitória. Podemos mudar nossas vidas a cada instante, a cada momento. Basta seguir o rumo do coração.