12 de agosto, 2024 14h08m Agronegócio por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

Queda no lucro da AGCO na América do Sul pode impactar planta ibirubense

A AGCO registrou um prejuízo líquido de US$ 367,1 milhões no segundo trimestre de 2024

A planta da AGCO em Ibirubá, uma das mais estratégicas da multinacional, pode sentir os efeitos da queda drástica de 40% no lucro ajustado por ação da empresa no primeiro semestre de 2024. Sem informações sobre demissões ou férias coletivas na unidade local, a previsão de 6% em cortes e um cenário econômico desfavorável levantam preocupações na comunidade.

A AGCO, gigante do setor de máquinas agrícolas, anunciou uma queda drástica de quase 40% no lucro ajustado por ação no primeiro semestre de 2024, refletindo um cenário desafiador para a empresa e o setor agrícola. Com um prejuízo de US$ 2,67 por ação sem ajustes, a empresa revisou suas previsões para o ano, antecipando uma queda de 48% no lucro líquido por ação e uma redução de 13% na receita.
A América do Sul registrou uma queda de 41% na receita, com o Brasil sendo um dos principais responsáveis por essa diminuição devido à redução na produção e nos preços. Em resposta, as ações da AGCO caíram mais de 8%. A empresa está adotando medidas agressivas para enfrentar a crise, incluindo a revisão de suas operações e estratégias no mercado sul-americano. A desaceleração econômica na região, combinada com a redução na demanda por máquinas agrícolas, contribuiu para o desempenho negativo.
A AGCO registrou um prejuízo líquido de US$ 367,1 milhões no segundo trimestre de 2024, comparado a um lucro líquido de US$ 319,2 milhões no mesmo período de 2023. Para ajustar a produção devido à queda na demanda, a AGCO anunciou a concessão de férias coletivas para 600 trabalhadores da planta de Santa Rosa em setembro, assegurando que os direitos dos trabalhadores sejam mantidos conforme os acordos sindicais vigentes.
Em Ibirubá, uma das plantas estratégicas da multinacional, ainda não há informações sobre demissões ou antecipação de férias coletivas. No entanto, com a previsão de 6% em demissões e um cenário macroeconômico desfavorável, é possível que a planta de Ibirubá sinta o impacto desse resultado negativo. A comunidade local torce para que a planta consiga evitar medidas mais drásticas.
A situação reflete um cenário desafiador para o setor agrícola, que enfrenta flutuações de mercado e pressões econômicas. As medidas tomadas pela AGCO serão cruciais para determinar sua recuperação e estabilidade futura.

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