05 de agosto, 2024 15h08m Agricultura Familiar por Redação Integrada Rádio Cidade de Ibirubá e Jornal O Alto Jacuí

Expansão e reconhecimento da agroindústria da família Horst em Quinze de Novembro

Em 2023 a agroindústria foi premiada por ter um dos melhores queijos do estado

Na tranquila Linha Arroio Grande, no município de Quinze de Novembro, a agroindústria da família Horst vem se destacando desde 2016 pela produção artesanal de queijos e derivados do leite. Com uma expansão recente e uma série de prêmios conquistados no 2º Concurso Estadual de Queijos Artesanais e Doces de Leite do Rio Grande do Sul, os proprietários Fabiano André Horst, Sandra Regina Ruppenthal Horst, Yulia Ruppenthal Horst e Yohanna Ruppenthal Horst, enfrentam desafios rigorosos na legislação e logística, mas seguem firmes em busca de novos mercados e parcerias, sempre comprometidos com a qualidade e a sustentabilidade de sua produção.

Localizada em Linha Arroio Grande, no município de Quinze de Novembro, a propriedade da família Horst tem uma história significativa e um nome que reflete sua localização. "Nossa propriedade está localizada em Linha Arroio Grande – Quinze de Novembro, onde o Rio Arroio Grande faz divisa a leste com Selbach e ao norte, um pouco mais acima, com Ibirubá," explicam os proprietários.
A agroindústria foi criada em setembro de 2016, quando Fabiano André Horst, Sandra Regina Ruppenthal Horst, Yulia Ruppenthal Horst e Yohanna Ruppenthal Horst iniciaram a produção de queijos e outros derivados do leite, inspirados por um curso que Sandra participou. A legalização do empreendimento ocorreu em 30 de janeiro de 2023.

Motivação e desafios
A criação da agroindústria foi motivada pelas dificuldades em manter uma pequena propriedade agrícola. "As dificuldades que a pequena propriedade tem em se manter fez com que buscássemos uma forma de agregar valor à matéria-prima que produzimos, no caso, o leite, e achar uma maneira de ter mais renda para que a propriedade tenha sucessão," explicou a família.
Entretanto, os desafios são muitos. "A cobrança na legislação da pequena agroindústria é a mesma das indústrias grandes, o que acaba por acarretar muitos custos. Na hora da venda, o consumidor acha que por ser direto do produtor precisa ser barato, mas temos um produto diferenciado, pois não é colocado nenhum conservante e além disso, como não conseguimos comprar volumes altos de embalagens, aumenta nosso custo."
Outro desafio é manter um padrão de qualidade, uma vez que a matéria-prima varia conforme a dieta dos animais, que depende do clima. A logística também é complicada devido à localização interiorana, onde as estradas nem sempre estão em boas condições.

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Produção e variedades 
de queijos
A matéria-prima dos queijos vem integralmente do tambo de leite da propriedade. Atualmente, a agroindústria conta com 15 vacas em lactação, com uma média de 21 litros por animal, das raças Jerseys e Holandesas. A família planeja, em um futuro próximo, ter um plantel somente de vacas Jersey. Parte do leite ainda é entregue a uma cooperativa. Entre os produtos, destacam-se o Queijo Colonial Tradicional e quatro tipos de Queijos Coloniais Temperados (tempero Ana Maria, tempero Edu, tempero Orégano, tempero Chimichurri), além de Nata, Doce de Leite, Ricota e Leite Pasteurizado Integral Tipo A.
A produção segue um processo rigoroso. "O leite vem da sala de ordenha para o resfriador, na ante sala da queijaria. Depois de resfriado, entra através de canalização, passando pelo pasteurizador, logo após vai para o tanque de queijos, onde é esquentado e adicionado coalho e a salga do produto. Após, é colocado em formas e prensado, seguindo depois da retirada da prensa, para a câmara fria. Todo o processo leva em torno de 6 horas. E então os queijos são maturados por 10 dias, podendo ser comercializados a partir daí."

Comercialização e Premiações
Os produtos são vendidos todos os sábados de manhã na feira da praça Clara Saft, em Quinze de Novembro. Além disso, a família tem parceiros de longa data, como a Tenda do Aterro, de Fernando e Carla Luft, e a Tenda Del Aurora, de Iladir e Serafim Scarsi. Produtos também estão disponíveis em alguns mercados de Ibirubá, Selbach e Tapera.
Em 2023, a agroindústria foi convidada a participar do 2º Concurso Estadual de Queijos Artesanais e Doces de Leite do Rio Grande do Sul, realizado de 26 a 28 de maio em Porto Alegre. "Nas 3 categorias que participamos, tivemos boas colocações, que inclusive nos surpreenderam com ouro no Queijo colonial tradicional, prata no Queijo colonial temperado Ana Maria, e bronze no Doce de leite," comemoram.

Futuro e Agradecimentos
Para o futuro, a família Horst pretende aumentar a produção, buscar mais parceiros comerciais e participar de feiras locais, como a Fenatrigo em Cruz Alta, em outubro. "Com certeza para nós foi um incentivo para dar continuidade ao nosso trabalho, sempre buscando melhorar ainda mais."
Os proprietários expressam profunda gratidão pelo apoio recebido: "Agradecemos ao apoio do Prefeito Municipal Gustavo Stolte, ao Secretário da Agricultura Laudeno Eickstaedt, à Coordenadora do S.I.M., Daniela de Avila, ao Escritório Municipal da Emater, representado por Mara, Aline e Camila, ao ex-presidente da Emater Clair Kuhn, Aproduleite e também aos nossos clientes, que estão conosco desde o início da nossa jornada."
 

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