Eleito como o terceiro vereador mais votado nas recentes eleições de Ibirubá, com impressionantes 650 votos, Eduardo Guilherme Artmann (PL) compartilhou sua trajetória e visão para o futuro em uma entrevista à Rádio Cidade. Aos 36 anos, o contador, que já acumula experiência no legislativo, destacou os pilares que o levaram à vitória.
Eduardo expressou sua gratidão pela confiança dos eleitores e pontuou que seu histórico na Câmara foi decisivo para a conquista. “Tive a felicidade de conseguir essa votação expressiva e isso me dá uma alegria muito grande. É uma satisfação estar na Câmara novamente e continuar o trabalho de fiscalização e controle dos gastos públicos”, disse o vereador.
Com 18 anos de experiência na contabilidade e à frente de seu próprio escritório há quatro anos, Eduardo credita boa parte de sua abordagem fiscalizadora à sua formação. Ele exerceu um mandato de 11 meses como vereador em 2023 e, nesse período, se destacou pelo rigor no controle dos gastos públicos. Sua análise técnica baseada em números, como ele mesmo destaca, foi fundamental para identificar ineficiências na gestão municipal.
“Trabalho com números, e eles têm que ser exatos. O custo, a despesa, tem que bater para uma boa gestão pública”, afirmou. Segundo ele, essa postura técnica e imparcial atraiu a confiança dos eleitores, que o veem como um fiscal atento e comprometido com a transparência.
Estratégia de campanha e apoio popular
Ele acredita que sua imagem de seriedade e compromisso com a fiscalização pública evitou grandes rejeições. “Fui bem recebido onde fiz campanha. Acho que a população quer vereadores que estejam firmes em seu papel”, ressaltou. O apoio de empresários e setores da sociedade que veem em Eduardo um político crítico e responsável também foi essencial para sua vitória.
Duda também mencionou que, durante as visitas ao interior, notou um forte desejo por mudança entre os eleitores, especialmente devido à rejeição ao Partido dos Trabalhadores (PT). “Muitas pessoas não se manifestavam publicamente por medo de boicote ou de represálias, mas nos garantiam apoio em privado. O desejo por mudança era evidente”, observou.
Configuração da Câmara e a rejeição ao PT
A renovação na Câmara Municipal de Ibirubá, com apenas três dos atuais vereadores reeleitos, demonstra a vontade popular por novas vozes. Para Eduardo, essa transformação é positiva e reflete o desejo por uma gestão mais transparente e eficaz.
Em relação ao papel do legislativo, ele reforçou sua postura fiscalizadora, comprometida com a ética e a transparência, sem fazer distinção de partidos ou alianças políticas. “Se houver erro, vou apontar, seja quem for”, destacou. Ele mencionou que até mesmo criticaria um familiar caso ocupasse um cargo e não agisse de acordo com a responsabilidade que o cargo exige.
Duda comentou a surpreendente diferença de votos entre as coligações “Frentão” e “Ibirubá Pode Mais”, que foi de 3.323 votos. Para ele, essa ampla margem reflete o desejo por alternância no poder e desapontamento com a administração atual. Ele mencionou a falta de diálogo e promessas não cumpridas como fatores que contribuíram para a queda de popularidade do Frentão, citando inclusive a frustração de que o PT não foi retirado da secretaria de Educação, Cultura, Turismo e Desporto no ano de 2023, como era esperado por parte dos integrantes da base do Partido Progressistas em pedido feito pelo então presidente da sigla na época, Liberto Franken. “Essa renovação mostra que a população quer ver mudanças não apenas na administração municipal, mas também no legislativo”, concluiu Eduardo. Com oito novos vereadores assumindo, ele acredita que a nova composição da Câmara terá um papel fundamental na condução de uma nova era para Ibirubá.
Desafios e foco no futuro
Eduardo também falou sobre as expectativas para o futuro da gestão pública e os desafios que ele e seus colegas enfrentarão. Ele destacou a importância de manter uma equipe técnica, pessoas capacitadas e focadas no bem da cidade, e não em interesses pessoais ou políticos. Ao mesmo tempo, reconheceu as limitações salariais que podem dificultar a atração de profissionais qualificados para esses cargos. Atualmente a prefeitura paga R$ 9.979,15 para cada um dos sete secretários municipais, R$ 4.332,18 para cada um dos 20 coordenadores, R$ 4.310,78 para 26 assistentes administrativos, R$ 3.219,09 para 25 auxiliares administrativos e R$ 2.332,67 para 119 auxiliares de ensino.