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Em entrevista, a Rádio Cidade FM 104,9 e Jornal o Alto Jacuí, a fonoaudióloga Eduarda Krammes Vieira destacou a relevância dos cuidados com a saúde auditiva e as soluções disponíveis para aqueles que enfrentam dificuldades para ouvir.
Eduarda explicou que a perda auditiva pode ser causada por diversos fatores, incluindo o envelhecimento natural, doenças, infecções, exposição prolongada a ruídos altos e até mesmo hereditariedade. "Com o passar dos anos, as células do ouvido vão enfraquecendo e podem acabar morrendo, o que leva à perda da audição. Por isso, é essencial realizar exames auditivos regularmente, principalmente para quem trabalha em ambientes ruidosos ou tem histórico familiar de surdez", afirmou.
Um dos grandes desafios enfrentados por profissionais da área é a resistência de muitas pessoas em admitir a perda auditiva. Segundo a fonoaudióloga, há um tabu em relação ao uso de aparelhos auditivos, o que pode retardar a busca por tratamento adequado. "Ninguém gosta de ouvir que está ficando surdo, mas é importante reconhecer os sinais. Falar mais alto do que o normal, pedir para repetir frases com frequência e aumentar o volume da televisão são indícios de que a audição pode estar comprometida", alertou.
A tecnologia tem evoluído para tornar os aparelhos auditivos cada vez mais discretos e eficientes. Eduarda apresentou modelos que variam desde os que ficam posicionados atrás da orelha até os menores, que se encaixam dentro do ouvido. "Temos opções recarregáveis, conectadas a aplicativos no celular e até com ajustes automáticos para diferentes ambientes, garantindo mais conforto e adaptação ao usuário", explicou.
Outro ponto abordado na entrevista foi o impacto da Covid-19 na saúde auditiva. "Muitos pacientes relataram perda auditiva ou piora na percepção sonora após a infecção pelo vírus. Assim como ocorre com a memória e outros sentidos, o ouvido também pode ser afetado", comentou Eduarda. O zumbido, sintoma comum que afeta muitas pessoas, também pode estar relacionado a diversos fatores, incluindo excesso de cafeína, hipertensão, estresse e exposição contínua a ruídos altos.
A especialista reforçou que a prevenção é a melhor forma de evitar problemas auditivos. "É essencial evitar a exposição excessiva a ruídos, fazer exames periódicos e buscar ajuda ao perceber qualquer alteração. Muitas perdas auditivas podem ser evitadas ou tratadas de forma eficaz, garantindo uma melhor qualidade de vida para o paciente", finalizou.