04 de junho, 2022 11h06m Colunistas

Coluna Diego Franzen - CARONTE, O BARQUEIRO DA MORTE

Dia desses me deparei com uma charge de uma senhora que está em Veneza. Em um barco ela diz que sempre quis conhecer a cidade e pergunta ao barqueiro seu nome e eis que ele responde “Caronte”. Piada inteligente que me motivou a escrever tal coluna. Quem era Caronte afinal?

Na mitologia grega, Caronte nasceu dos deuses imortais mais antigos Nix (Personificação da Noite) e Érebus (Personificação das Trevas).

Desse modo, ele foi responsável pelo transporte de almas mortas para o submundo usando um barco sobre os rios Estige e Aqueronte.

Contudo, ele não fazia isso totalmente de graça. Sua taxa para carregar os mortos através dos rios para o submundo era uma única moeda, geralmente um obolus ou danake. Esta moeda deveria ser colocada na boca do morto antes do enterro.

Além disso, muitos mitos falam de heróis como Odisseu, Dionísio e Teseu viajando para o submundo e retornando ao mundo dos vivos na balsa de Caronte.

No mito grego, Zeus expulsou Caronte por ter roubado a caixa de Pandora e o condenou a entregar almas recém-mortas através do rio Estige para o submundo, normalmente exigindo moedas em pagamento por seus serviços.

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Para pagar pela travessia as pessoas enterravam seus mortos com uma moeda, conhecida como ‘obolus’, na boca. Caso a família não pudesse pagar a passagem, estava condenado a vagar pelas margens do rio para sempre, assombrando os vivos.

Outro elemento interessante deste mito é que Caronte só transportava mortos que tinham sido enterrados. Os demais teriam que esperar um século.

Curiosamente, a figura também é citada por Dante em sua Divina Comédia, Caronte aparece na primeira parte do poema O Inferno.

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