Em decisão unânime, a Câmara de Vereadores de Ibirubá aprovou o projeto de resolução nº 004/2024, que estabelece um limite anual de R$ 18 mil para o pagamento de diárias aos vereadores e servidores públicos. O objetivo da medida é aumentar a transparência e a responsabilidade no uso de recursos públicos, assegurando que as diárias sejam usadas de forma justa e em benefício da comunidade.
A proposta, apresentada pela vereadora Patrícia Sandri, foi discutida amplamente entre os legisladores. O texto estabelece que o valor será corrigido anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Além disso, o teto de R$ 18 mil não inclui despesas com deslocamentos, pedágios e passagens. Caso um vereador ou servidor ultrapasse o limite, novas diárias só poderão ser concedidas com autorização do plenário por maioria qualificada.
Durante a sessão, alguns vereadores manifestaram suas opiniões sobre a proposta. Patrícia, autora do projeto, afirmou que a medida é uma forma de dar o exemplo de gestão eficiente e destacou que é necessário haver regras claras para o uso do dinheiro público. Ela rebateu críticas de que o projeto estaria vinculado ao fato de não concorrer à reeleição, defendendo que a iniciativa visa melhorar o futuro de Ibirubá.
Outros vereadores também comentaram o tema. O vereador Zalo Bueno (PP) lembrou que a proposta surgiu de uma sugestão sua, feita em conversa anterior com a autora, e declarou seu apoio à medida, ainda que não tenha sido mencionado inicialmente. Já a vereadora Jaqueline Winsch (PL) ressaltou que o uso consciente dos recursos públicos deveria ser uma prioridade para todos, independentemente de leis que imponham limites.
A discussão ganhou contornos mais políticos quando alguns vereadores mencionaram o alto salário do prefeito, sugerindo que o foco deveria também incluir a redução de outras despesas públicas. No entanto, a votação final refletiu um consenso sobre a necessidade de limitar os gastos com diárias, como forma de promover maior transparência e respeito ao dinheiro público.
Com a aprovação do projeto, Ibirubá se junta a outros municípios que adotaram medidas semelhantes para controlar o uso de verbas públicas, especialmente em tempos de crescente demanda por transparência pública.