Alexandre Eduardo Pott, um homem de 45 anos e motorista de caminhão desde os 18, sempre teve o volante como parte essencial de sua vida. Natural de Ibirubá, no Rio Grande do Sul, ele cresceu imerso no mundo dos caminhões, uma herança deixada por seu pai, que perdeu a vida em um acidente na estrada. A responsabilidade de seguir os passos do pai caiu sobre Alexandre, e ele abraçou essa missão com dedicação e coragem.
Durante 17 anos, Alexandre construiu sua vida no Pará, na cidade de Paragominas, onde nasceu seu filho, Thaylor Eduardo Pott, hoje com 14 anos. A vida na estrada lhe proporcionou muitos desafios, mas também inúmeras amizades.
Há quatro anos, ele retornou ao Rio Grande do Sul, estabelecendo-se em Cruz Alta. Contudo, o chamado das estradas paraenses falou mais alto, e há um mês, Alexandre voltou a Paragominas para trabalhar. Mas o destino reservava-lhe um duro golpe. No dia 22 de agosto, enquanto realizava seu trabalho, Alexandre sofreu um grave acidente, resultando na amputação de sua perna 10 centímetros abaixo do joelho.
A notícia abalou profundamente sua família, que, apesar da dor, reconheceu o milagre de sua sobrevivência. A distância entre os entes queridos e a impossibilidade de estarem ao seu lado naquele momento difícil tornaram a situação ainda mais dolorosa. Alexandre, no entanto, mostrou-se resiliente, encarando o desafio com a força que sempre demonstrou ao longo de sua vida.
Para superar esse momento, a família criou uma vaquinha solidária, com o objetivo de arrecadar fundos que possam ajudar nos custos da recuperação de Alexandre. Ele precisará permanecer no Pará por pelo menos 50 dias, antes de seguir para São Paulo, onde iniciará o processo de colocação de uma prótese, o que lhe permitirá retomar sua vida normal.
O valor necessário para o tratamento é alto, mas a fé da família é inabalável. “Se cada um fizer sua parte ajudando, eu creio que vamos vencer. Que Deus abençoe cada um”, expressou Larissa Pott, em nome de toda a família, com profunda gratidão.
As estradas podem ter sido cruéis com Alexandre, mas a solidariedade e o amor daqueles que o cercam mostram que ele não está sozinho nessa jornada. A luta de Alexandre continua, e ele tem a certeza de que, com o apoio de todos, poderá voltar a viver sua vida com a mesma coragem que sempre teve.