Em uma viagem ao passado Marciel, natural da Linha 6, compartilhou suas lembranças e conquistas durante. Desde os primeiros passos na ASIF, depois Escolinha Geração 2000, passando por clubes da região, ele contou sua trajetória no Baú do Esporte.
Fim da década de 90 e a escolinha estava dando seus primeiros passos, marcando o início de uma era para o futebol ibirubense. Sob a orientação de Garrincha, uma figura carismática e respeitada, a escolinha se tornou o berço de talentos locais. Marciel, emocionado, relembra com carinho os ensinamentos e o legado deixado por Garrincha, uma figura inesquecível para aqueles que tiveram a sorte de cruzar seu caminho.
As gerações de 1983 e 1984,segundo Marciel, foram algumas das melhores que surgiram em Ibirubá. Jogadores como Alexandre Camargo, que ainda brilha nos campos do Avenida, foram parte dessa safra de talentos. Ele destaca a iniciativa pioneira de Garrincha, que trouxe uma nova perspectiva ao futebol local, vencendo barreiras e marcando uma nova era para o esporte ibirubense.
O futebol no interior,para Marciel, era uma experiência única. As bolas de couro, os potreiros e as redes improvisadas eram o cenário de suas primeiras jogadas. Aos 12 anos, seu pai, um grande incentivador, o inscreveu na ASIF, iniciando assim sua jornada no esporte.
Marciel começou como goleiro,mas a paixão pelo futebol o impulsionou para novos desafios. Sua participação na ASIF foi um marco, e logo surgiu a oportunidade de integrar a Geração 2000, onde teve o privilégio de trabalhar com o preparador de goleiros Fua. A introdução de métodos específicos de treinamento foi um diferencial, preparando os jovens atletas para um novo patamar no esporte.
O campeonato regional de Cruz Alta, com a participação de 103 times, foi um dos momentos mais emocionantes de sua carreira juvenil. Marciel destaca a importância do abrigo como símbolo máximo de reconhecimento na época. Usar o abrigo da ASIF para ir à escola era o sonho de todo jogador.
Já adolescente e jagando como atacante a trajetória seguiu pelo São José, onde ficou campeão municipal, e Florestal,um time pelo qual Marciel nutria um sonho desde a infância. A rivalidade da época entre os times não impediu que ele realizasse seu desejo. A transição do São José para o Florestal, apesar de gerar comentários, foi marcada por amizades e aprendizado. A paixão pelo esporte sempre prevaleceu. Durante a entrevista ao Baú do Esporte antigos companheiros de equipe e torcedores expressaram seu carinho e reconhecimento por Marciel, ressaltando não apenas suas habilidades no campo, mas sua personalidade e amizade fora dele. Ao final da entrevista Marciel destacou que, para ele, a verdadeira riqueza do futebol está nas amizades construídas ao longo da jornada. Títulos são importantes, mas as memórias e as relações duradouras são o verdadeiro legado de uma carreira no esporte. Além dos campos e quadras ele também disputou provas de motocross, sua outra paixão. As constantes lesões durante o seu auge no futebol de campo o fizeram repensar se valia a pena tanta dor para continuar. Mesmo assim, aos 40 anos, ele continua colaborando com o esporte jogando na equipe principal do Santa Clara, pelo Municipal de Campo de Quinze de Novembro, onde tem seu título de eleitor.