Com 334 casos confirmados, Ibirubá está em uma situação de infestação de dengue sem data para finalizar. No total foram mais de 610 notificações e 154 ainda aguardam o resultado pelo laboratório central do estado.
O surto de dengue em Ibirubá está preocupando as autoridades de saúde, já que a maioria dos casos são sintomáticos e exigem cuidados especiais. Neste momento 5 pessoas estão hospitalizadas devido a complicações da dengue, mas a principal preocupação dos médicos e profissionais da saúde é a proliferação do vetor. A população precisa colaborar no controle da infestação do mosquito. Os sintomas da dengue incluem febre alta repentina, dor de cabeça, dor nos olhos, dor muscular e nas articulações, náusea, vômito, diarreia e perda de apetite. A dengue grave pode causar vazamento de plasma, sangramento e falência de órgãos, levando à morte. Já são 6 óbitos no Rio Grande do Sul em 2023 e não há medicação específica para a dengue e o tratamento envolve hidratação, repouso e medicação para controle de dor e febre.
O médico Etiani Messerschmidt esclareceu a situação atual da saúde em Ibirubá. A cidade está enfrentando uma grande demanda de atendimentos por causa da dengue, com mais de 300 casos confirmados. A proliferação do mosquito é o principal problema e depende da colaboração de cada residente do município para controlá-lo.
Para o médico há uma preocupação com o aumento da demanda de hospitalizações visto que a sobrecarga do sistema de saúde decorrente da pandemia da Covid-19 tem gerado preocupações para outras doenças que foram deixadas em segundo plano. De acordo com o médico que há mais de 20 anos trabalha como profissional de saúde na rede municipal. Ele alerta que a dengue é uma preocupação crescente, já que o mosquito está cada vez mais presente em algumas áreas, e a doença pode se espalhar rapidamente. “O controle da dengue depende da educação, e as crianças têm um papel importante na conscientização da comunidade sobre os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito. Embora o uso de repelentes e a eliminação de criadouros do mosquito sejam medidas preventivas eficazes, o sistema de saúde está sobrecarregado e não pode lidar com um surto de dengue em larga escala”, alerta. Ele explica que a dengue pode ser agravada por múltiplos sorotipos do vírus, o que aumenta o risco de desenvolver a forma hemorrágica da doença. O controle da proliferação do mosquito é crucial para prevenir a propagação da doença.
Agentes de Endemias intensificam ações para tentar eliminar os criadouros
Quando o assunto é trabalho e dedicação, a equipe de endemias do município não falha e tenta controlar os criadouros com ações contínuas de busca e eliminação de focos. O trabalho começa ao nascer do sol e só finaliza no entardecer com a aplicação dos inseticidas. Um trabalho quase como secar gelo mas que é fundamental. A questão é que sem o empenho da população a eliminação dos focos é impossível. “ Vivemos dias intensos pela busca do controle do mosquito Aedes aegypti, é trabalho árduo que é feito diariamente. Mas, infelizmente, apenas a nossa dedicação e esforços não são o suficiente. Precisamos do empenho de todos. É INDISPENSÁVEL que você participe sendo mais um fiscal de depósitos de água. Eliminação de criadouros é o nosso foco principal nesse momento, precisamos acabar com a disseminação do vetor da Dengue” afirmam os agentes em uma postagem no Facebook.